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QUEDAS DOS IDOSOS NO DOMICÍLIO
Author(s) -
Ana Rita Pelado Carochinho,
Ermelinda Caldeira,
Sónia Jacob
Publication year - 2022
Publication title -
revista ibero-americana de humanidades, ciências e educação
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2675-3375
DOI - 10.51891/rease.v8i3.4537
Subject(s) - gerontology , medicine , humanities , philosophy
As quedas ocorrem em todas as faixas etárias, principalmente enquanto se é criança e posteriormente numa idade mais avançada, mas é nesta última que a prevalência do risco de queda e os danos daí resultantes são mais preocupantes, porque os idosos que caem requerem internamento hospitalar, na sua grande maioria, o que acarreta um aumento dos custos a nível do serviço de saúde. As quedas são a segunda principal causa de morte não intencional em todo o mundo(8). Alguns fatores de risco podem ser alterados e alvo de prevenção, havendo outros que não podem ser eliminados. Objetivo: identificar os fatores de risco de queda no domicílio. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, com uma amostra de 10 pessoas idosas. A recolha de dados foi realizada através de um questionário adaptado a partir de avaliação Jefferson Area Board for Aging (1998) da segurança em casa (Stanhope & Lancaster, 2011), instrumento para avaliar o risco de quedas (Potter & Perry, 2006) e adaptações no domicílio para prevenir quedas (Duarte & Barbosa, 2011 in Ribeiro & Paúl, 2011). A análise dos dados foi efetuada com recurso ao software Statistical Package for the Social Sciences versão 27.0. Resultados: a média de idades dos participantes é de 75,5 anos, o mais novo tem 65 anos e o mais velho tem 92 anos de idade. Quanto ao sexo, 50% são do sexo feminino e 50% do masculino. Quanto aos tipos de medicamentos que são ingeridos, observa-se que 50% das pessoas tomam diuréticos ou com efeitos diuréticos, 70% estão medicados com anti hipertensores ou depressores do sistema nervoso central e 20% tomam medicamentos que aumentam a motilidade gastro-intestinal. Os problemas de saúde atuais presentes na amostra são a obesidade (30%), a diabetes (90%), a hipertensão arterial (80%), as doenças reumáticas (40%), a osteoporose (20%), os problemas de visão (90%), as dificuldades na audição (30%) e 10% apresentam ainda outros problemas que não os referidos anteriormente. Embora 90% dos idosos apresentem problemas de visão, só 66,67% utilizam meios para corrigir esse problema e os que afirmam ter problemas de audição (30%), nenhum deles utiliza meios de correção para essa necessidade. Verificámos que 90% dos idosos manifesta dificuldade em caminhar e todos usam auxiliares de marcha, que são a bengala (33,33%), a cadeira de rodas (33,33%), as muletas (22,22%) e 11,11% recorrem ao tripé. Quando questionados sobre a incapacidade de se levantarem de uma cadeira, sem utilizar o apoio, de pelo menos, um dos braços, 80% das pessoas afirmam que têm essa incapacidade. Sobre os problemas de equilíbrio, 90% têm esse problema, o mesmo valor para quem já caiu. Dos 90% que já sofreram quedas, foi-lhes perguntado quantas vezes caíram no último ano e 3 idosos caíram uma vez, 3 caíram duas vezes e outros 3 caíram cinco ou mais vezes. Em relação ao tempo decorrido desde a última queda, 55,56% dos idosos afirmam que caíram entre 1 mês e 6 meses atrás e 33,33% deram a última queda há mais de 6 meses e menos de um ano, apenas 11,11% caíram há mais de um ano. Quanto ao local onde a pessoa caiu, 44,44% dos participantes sofreram a queda no quarto, 11,11% caíram na casa de banho, na cozinha ou no quintal e 22,22% em outros locais que não os identificados no questionário. Em relação ao motivo aparente da queda, 33,33% dizem ter-se desequilibrado, 22,22% afirmam que a queda resultou de tonturas e a mesma percentagem por terem tropeçado e há 22,22% de idosos que apontam outra causa para a queda. Apesar de 90% dos idosos já terem caído, apenas um (11,11%) necessitou de internamento, por fratura do colo do fémur. Em nenhuma habitação existem barras de segurança no chuveiro ou de apoio junto à sanita, assim como, luz de emergência, o mesmo se verifica relativamente ao mobiliário do quarto e da sala que não está fixo ao chão. O piso antiderrapante só se encontra na cozinha de uma casa. Relativamente aos tapetes existem 37,5% de habitações que têm tapete junto ao primeiro e último degrau das escadas, 25% têm no quarto e 12,5% na cozinha. São 87,5% os idosos que apresentam dificuldade em subir e/ou descer as escadas/degraus e metade das casas não possuem corrimão junto das mesmas. Conclusão: após a análise dos dados pode-se concluir que são diversos os fatores de risco de queda presentes, tanto a nível pessoal (fatores intrínsecos) como a nível do ambiente físico da habitação (fatores extrínsecos).

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