
CEGUEIRA SOBRE A FAUNA BRASILEIRA! O CASO DE UMA IMAGEM, NO MÍNIMO, INQUIETANTE
Author(s) -
Rogério Soares Cordeiro,
Lázaro Araújo Santos
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51189/rema/3086
Subject(s) - art , humanities
Introdução: Em sala de aula as formas escrita e oral de comunicação prevalecem sobre modalidades mais artísticas como os símbolos e as imagens. Ainda assim, é incontestável que representações visuais complementam e reduzem as abstrações textuais, estimulam à leitura, são aliadas no processo comunicativo e atuam como catalisadoras ao facilitarem a aprendizagem. São recursos tão importantes que compõem um dos critérios para aprovação das coleções didáticas do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Objetivo: Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a imagem utilizada na Home Page do “I Congresso Brasileiro On-line de Ensino de Zoologia”. Material e Métodos: Para tanto, a imagem foi dividida em quadrantes, com a intenção de facilitar a descrição para o leitor. Resultados: Assim, abreviou-se Superior Esquerda (SE), Inferior Esquerda (IE), Superior Direita (SD) e Inferior Direita (ID). Na porção ‘SE’ há, em extremos opostos, duas borboletas. Em ‘IE’, dois veados, uma onça (leopardo) e mais duas borboletas. No centro da imagem tem uma árvore que facilita a descrição. No quadro ‘SD’ nota-se a cauda e os membros posteriores de um felino, supostamente da mesma espécie do anteriormente citado, a cauda de uma arara e em segundo plano, outra arara-vermelha voando. A porção ‘ID’ borboletas em faces opostas, um tímido orangotango esconde-se na árvore, um elefante e duas girafas. Um cenário utópico, possuindo contornos midiáticos e descontextualizados com aquilo que se propõe - Congresso Brasileiro de Ensino de Zoologia. Os animais, predominantemente exóticos, não ocupam os mesmos biomas e a paisagem explicita que não coexistem em um mesmo espaço geográfico. Conclusão: É evidente ainda, a ingênua visão de que ao se falar de zoologia, são feitas referências aos animais de savanas ou Amazônia, desconsiderando a miríade de organismos que compõem nosso planeta. Se ‘Uma imagem vale mais que mil palavras’, a de referência nos ensina o que não deve ser feito para evocar memórias da fauna brasileira, especialmente, quando o objetivo é ensinar.