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ASPECTOS DA EPIZOOCORIA NA FLONA DE CHAPECÓ, SC
Author(s) -
Kelyta Paula dos Santos de Assis,
Adriano Dias de Oliveira
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51189/rema/2685
Subject(s) - biology , humanities , physics , art
Introdução: a dispersão de sementes é essencial no estabelecimento e manutenção das populações de plantas. Comumente resulta da interação mutualista, mas no caso da epizoocoria o diásporo possui estruturas de fixação aos animais, é transportado e cai do dispersor, sem benefícios para este. Objetivo: o objetivo deste trabalho foi caracterizar a epizoocoria e seus aspectos ecológicos. Materiais e Métodos: os dados foram coletados na Gleba I da Floresta Nacional de Chapecó, município de Guatambu, SC, na Trilha do Angicão, através de buscas ativas de plantas epizoocóricas ao longo da trilha e seu entorno, que tiveram sua altura total, altura máxima, mínima, e da maioria dos diásporos medidas, comparando-se a altura de sua exposição por Permanova. Os diásporos foram caracterizados quanto ao tipo de estrutura de fixação e em algumas espécies houve experimentos de apreensão de diásporos com uso de tecido com pelos. Resultados: Foram encontradas sete espécies epizoocóricas, três Malvaceae, Pavonia sepium e Triumfetta semitriloba, com apêndices alongados com ganchos no diásporo, e Pavonia flavispina, com apêndices alongados sem gancho, mas espinescentes. Três Poaceae, uma indeterminada, com apêndices curtos com ganchos, Homolepis glutinosa sem apêndices e com substância aderente sobre o diásporo, e Pharus lappulaceus, com diásporos cobertos por tricomas uncinados. Uma espécie de Asteraceae, Adenostemma verbesina, com apêndices sem ganchos com gotículas resinosas nos diásporos. A altura de exposição dos diásporos de P. sepium, a Poaceae indeterminada e P. lappulaceus não diferiram, assim como T. semitriloba e a H. glutinosa (exposição mais alta, cerca de 90cm), as demais comparações diferiram. As exposições mais baixas foram de P. flavispina (10,1cm) e A. verbesina (18,6cm). Em T. semitriloba os testes de apreensão tiveram sucesso 6,6% do total de diásporos, 31% nos maduros e 3% nos imaturos. A apreensão em H. glutinosa foi de 12,5% e em A. verbesina foi de 54,5%. Em P. flavispina não houve apreensão. Conclusão: foram encontradas diferentes estratégias epizocóricas, incluindo diferentes estruturas de adesão e alturas de exposição dos diásporos, o que se relaciona a menor sobreposição na utilização de dispersores. A apreensão variou, indicando influência da maturidade do diásporo no processo.

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