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DEGRADAÇÃO DO HERBICIDA 2,4-D EM FUNÇÃO DE TÉCNICAS DE BIORREMEDIAÇÃO
Author(s) -
Rhaysa Akemi Takeda Santos,
Mateus Franscisquini,
Giovane Biasotto,
Luana Calliari Leite Rossi
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51189/rema/1390
Subject(s) - humanities , physics , philosophy
Introdução: Os agrotóxicos possuem um papel importante na agricultura brasileira, sendo o país responsável por cerca de 10% do uso mundial. O uso indiscriminado de agrotóxicos é o principal responsável pela contaminação do solo e águas superficiais e subterrâneas. Dentre estes agrotóxicos está o ácido 2,4- diclorofenoxiacético (2,4-D), o primeiro herbicida orgânico sintetizado pela indústria química durante a segunda guerra mundial e extensivamente utilizado na agricultura brasileira até os dias atuais. No que se refere ao potencial periculosidade ambiental, que leva em consideração a bioacumulação, persistência, toxicidade, transportes e potenciais mutagênicos, o 2,4-D é classificado como altamente perigoso. Uma vez que resíduos de defensivos agrícolas circulam tanto pelos ambientes terrestres quanto pelos aquáticos, é necessário que se faça constantemente um monitoramento do destino dessas moléculas no meio ambiente, bem como, desenvolver e aprimorar técnicas de degradação desses compostos, a fim de mitigar a contaminação de áreas ambientais. Com isso, foram realizados diversos estudos e ensaios de técnicas de biorremediação para degradação do composto 2,4-D. Objetivos: Avaliar o estado-da-arte de degradação do herbicida 2,4-Diclorofexoniacético por biorremediação. Materiais e métodos: Leitura e avaliação de estudos previamente publicados acerca da degradação do composto poluente 2,4-D. Resultados: Observou-se que estudos realizados com bactérias da espécie Pseudomonas sp. e Arthorbacter sp. mostraram bastante diversificação metabólica na biodegradação de 2,4-D, utilizando-o como fonte de energia e carbono, demonstrando uma degradação de 79,2% e 82,3% para as espécies respectivamente. Trabalhos sobre biodegradação intrínseca também mostraram resultados satisfatórios para degradação de 2,4-D. Ensaios realizados utilizando cepa isolada do fungo Penicilium também mostraram a degradação do composto poluente sem a formação de minerais tóxicos. A espécie bacteriana Cupriavidus sp. também mostrou uma taxa de degradação expressiva em solo contaminado com o herbicida 2,4-D utilizando a técnica de bioaumentação. Conclusão: O mecanismo de degradação mais amplamente estudado é a utilização de microrganismos para atenuar a concentração do composto no meio ambiente. Notou-se também que grande maioria dos trabalhos não mencionaram o potencial toxicológico do herbicida no meio ambiente, bem como, sua disponibilidade biológica e comportamento de adsorção no solo.