
BIOPROSPECÇÃO DE MOLÉCULAS DE INTERESSE BIOTECNOLÓGICO DO OESTE DA BAHIA
Author(s) -
Ozânia Bomfim Nascimento,
Felipe da Silva Figueira
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51189/rema/1374
Subject(s) - physics , humanities , chemistry , microbiology and biotechnology , philosophy , biology
Os corantes artificiais são substâncias utilizadas em processos industriais nas áreas alimentícia, cosmética, avicultura e aquicultura. Esses compostos têm sido relatados como causadores de danos à saúde, provocando doenças como alergias, complicações digestivas e câncer (VELÁZQUEZ, 2012).Diante da necessidade da produção de pigmentos naturais que apresentem benefícios aos consumidores, têm-se buscado por novas fontes destes. Os carotenoides, um conjunto de aproximadamente 700 moléculas, estão amplamente distribuídos na natureza e são produzidos por plantas, algas, bactérias e fungos, possibilitando a produção em larga escala, sem causar danos ao meio ambiente e à saúde dos consumidores (ERNST, 2002). Essas biomoléculas desempenham funções essenciais tais como, atividade pro-vitamina A, antioxidante, fortalecimento do sistema imunológico, sinalização celular, proteção contra degeneração macular relativa à idade, proteção da pele, redução do risco de doenças degenerativas e cardiovasculares (SCHWARTZ, 2010). Considerando esses benefícios, têm-se a necessidade de alternativas para a produção em larga escala de carotenoides, as microalgas estão sendo apresentadas como grandes promissoras desse potencial. Nesse contexto, o trabalho desenvolvido teve como objetivo avaliar a capacidade da síntese de carotenoides pela microalga Coelastrum sp. obtida das fontes de água doce da Região Oeste da Bahia. A linhagem foi cultivada por 20 dias, em meio ASM-1, testando depleções de 50 e 70% de nitrogênio. Ao fim do experimento o melhor rendimento obtido foi de 0,798 mg/g de carotenoides totais sob a condição de depleção de 50% de nitrogênio, com agitação manual a cada 2 dias, temperatura de 30 à 38 °C e iluminação constante. O resultado almejado indicou que a depleção de nitrogênio associado a variações de luminosidade, temperatura e homogeneidade resultam no acúmulo de carotenoides.