
PREDAÇÃO DE FRUTOS DE HOVENIA DULCIS EM FRAGMENTO DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL
Author(s) -
Karine Petter Da Silva,
Alexandre de Oliveira Tavela,
Karine Louise dos Santos
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51189/rema/1072
Subject(s) - weevil , horticulture , biology
Introdução: A Floresta Estacional Decidual é considerada uma formação florestal ameaçada, especialmente na região oeste do estado de Santa Catarina devido, entre tantos fatores, a introdução da espécie exótica Hovenia dulcis. Objetivo: Caracterizar e avaliar o processo de predação desta espécie invasora pela fauna nativa. O estudo ocorreu no Parque Estadual Fritz Plaumann entre 2017 e 2018. Material e Métodos: para caracterizar o consumo e dispersão de frutos foram utilizadas bandejas plásticas contendo frutos de H. dulcis, divididas em três tratamentos: “controle” (diretamente sob o solo), “baixo” (acesso a 30cm do solo) e “elevado” (a 60cm do solo). As bandejas foram dispostas em seis estações amostrais, posicionadas dentro do fragmento florestal e disponibilizadas aos animais por duas vezes em cada estação do ano, sendo em torno de 20 dias de exposição em cada estação, totalizando 1980 frutos em 12 ofertas e 120 dias ou 2.880 horas de exposição. Ao final de cada período de oferta, foram verificados os estados dos frutos e classificados em: intacto, predado (vestígios de alimentação pela fauna) ou disperso (removido da bandeja). Resultados: em todos os tratamentos a estação inverno obteve a maior porcentagem de frutos dispersos, sendo respectivamente: “controle” (73%), “baixo” (63%) e “elevado” (63%); seguido pela estação outono, com: “controle” (67%), “baixo” (57%) e “elevado” (53%). Já para os frutos predados, a estação verão alcançou maior índice nos tratamentos “controle” (33%) e “baixo” (31%); e as estações outono e primavera para o tratamento “elevado” (30% cada). Não houve diferença estatística (p = 0,45909) entre as parcelas quanto à dispersão. Maiores predação e consumo dos frutos no inverno e no outono podem ser explicados devido ao período de frutificação da H. dulcis, ocorrendo de março a outubro, o qual coincide com o período de queda das folhas das árvores de grande porte da FED, sendo assim a H. dulcis oferece maior volume de frutos para a fauna neste período de restrição natural da floresta. Conclusão: conclui-se que a H. dulcis apresenta grandes taxas de predação e dispersão no local de estudo, demonstrando que diferentes grupos animais podem estar se alimentando dos frutos.