ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO CLÍNICO DE SURDOS: USO DA LIBRAS PARA COMPREENSÃO DO INDIVÍDUO

Introdução: O domínio da Língua Brasileira de Sinais (Libras), sobretudo em ambiente clínico, constitui-se instrumento indispensável para atendimento psicopedagógico de Surdos, considerando que a comunicação se estabelece, principalmente, por intermédio da comunicação gestual e do canal viso-espacial. Objetivo: Discutir a importância do domínio da Libras pelo psicopedagogo clínico, para estabelecimento de comunicação entre este e o aprendente Surdo e a necessidade da correta identificação dos problemas para realização de intervenções assertivas e o uso de técnicas e materiais adequados ao trabalho com Surdos. Material e métodos: O levantamento das informações foi realizado por meio da revisão bibliográfica e análise qualitativa, sobre os principais aspectos limitantes para o atendimento psicopedagógico clínico de Surdos. Foram utilizados vinte e nove artigos científicos, com um recorte temporal de 2002 ao presente, que contribuem para a literatura atual e aspectos gerais para atendimento de Surdos. A base de dados utilizada foi o google acedêmico, com uso dos seguintes descritores: Libras, atendimento psicopedagógico clínico, Surdos. Resultados: Considerando os artigos que tratam sobre a temática, observou-se que a literatura não possui contribuições significativas que corroborem para conclusões sobre o assunto abordado. Entretanto, levando em consideração os artigos que tratam de atendimento psicopedagógico de indivíduos com surdez, verificou-se que as possibilidades de compreensão, avaliação e intervenção eficientes, se mostram possíveis quando o profissional atendente domina a Libras, ou então, de forma limitada, quando há presença de um intermediador, como um parente ou um intérprete de Libras. Além disso, os materiais que tratam de atendimentos de ouvintes indicam a necessidade de comunicação efetiva com o indivíduo para sucesso do processo de avaliação e intervenção, logo, as estratégias, técnicas, ferramentas e materiais próprios da Psicopedagogia não se mostram efetivos para atendimento de Surdos, quando não veiculados por meio da Libras. As informações disponíveis revelam a precariedade de estudos sobre a temática e a necessidade do profissional dominar a Libras, como prérequisito para estabelecimento da comunicação com os Surdos. Conclusão: Esta comunicação possibilita a correta identificação dos motivos da não aprendizagem e refletindo assertividade nas intervenções. Desta maneira, as intervenções só serão possíveis por meio do uso da Língua, de técnicas e materiais adequados ao trabalho com Surdos.