EFEITO DO PISOTEIO ANIMAL NA QUALIDADE FÍSICA DO SOLO EM ÁREAS DE PASTAGEM COM DIFERENTES SISTEMAS DE MANEJO

Introdução: O Cerrado ocupa uma área de 203,4 milhões de hectares do território brasileiro e tem sofrido constantes alterações em sua vegetação natural. Cerca de 40% de sua área já foi modificada, a conversão de áreas nativas em pastagens alavancou a produção bovina e, o Brasil é atualmente o maior produtor de carne bovina do mundo. Não obstante, a degradação das pastagens tem sido um dos principais obstáculos da pecuária brasileira, por ser desenvolvida basicamente em sistema extensivo, afetando diretamente a sustentabilidade do sistema produtivo. A compactação no solo torna-se um problema comum em áreas de pastagem, principalmente pela elevada pressão exercida pelo peso dos animais na camada superficial do solo quando não manejados corretamente. Objetivo: Assim, este trabalho teve como objetivo comparar áreas com diferentes taxas de lotação animal e diferentes sistemas de manejo e, assim avaliar o efeito que isso causou na compactação do solo. Material e métodos: O experimento foi realizado na área de pesquisa em bovino de corte da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - Aquidauana, onde foram coletadas amostras de solo de 0-0,2m de profundidade em três áreas de pastagem com diferentes taxas de lotação animal e distintos níveis de compactação. Resultados: Os resultados mostraram que, apesar da diferença na taxa de lotação ter sido baixa, a área com menor taxa de lotação e menor nível de degradação apresentou valores inferiores de densidade máxima, o que comprova que com uma menor taxa de lotação proporciona uma menor compactação do solo. Conclusão: Observando os valores de densidade relativa obtidos, nota-se que os tratamentos que sofreram o pisoteio animal encontram-se próximos a um alto nível de compactação na superfície do solo.