
TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM E AUTONOMIA DE ESTUDANTES COM TEA
Author(s) -
Ana Beatriz Machado de Freitas
Publication year - 2022
Publication title -
anais do i congresso brasileiro on-line de ensino, pesquisa e extensão
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51189/ensipex/35
Subject(s) - humanities , philosophy , psychology
Introdução: Apresenta-se uma atividade de conclusão de uma disciplina de graduação em Letras (Formação pedagógica) em que foi proposto criar um objeto virtual de aprendizagem para uma situação-problema identificada em contexto pedagógico relacionado à inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais. Foi abordado o contexto de um adolescente do 7º ano, estudante de uma escola pública paulistana. Ele apresenta transtorno do espectro autista (TEA), com limitações na linguagem e, por conseguinte, na expressão de vontades e manifestação da autonomia, aspecto identificado como situação-problema. Objetivo: Elaboração de um objeto virtual de aprendizagem que contribuísse com o desenvolvimento da expressão de linguagem e manifestação de autonomia na escola. Material e métodos: Foi utilizado o software Prancha Fácil, de tecnologia nacional e disponibilização gratuita, por meio do qual se configuram pranchas de comunicação alternativa, isto é, compostas predominantemente por figuras. Foram construídas duas pranchas, com quatro caracteres cada, intituladas “Eu quero”: uma voltada para opções de escolha de espaços da escola, e outra direcionada a opções de materiais escolares usados no cotidiano. A seleção de caracteres considerou os objetivospropostos,ocontextoescolarobservadoeoníveldecompreensão/conhecimento do estudante. Resultados: Por ter se tratado de um estudo de caso realizado a partir de uma realidade observada em um documentário, não houve uma aplicabilidade direta ao protagonista. Não obstante, dessa situação particular pôde se compreender amplamente que, diante de estudantes com TEA e limitações na expressão de linguagem verbal, é possível desenvolver recursos pedagógicos virtuais que valorizem a comunicação imagética (visual), por meio de um programa tecnologicamente simples para os usuários. Essa forma linguística tende a ser mais acessível a pessoas com TEA, haja vista que uma das características relativamente comuns no espectro é a preponderância do pensamento visual, em detrimento do pensamento verbal. Conclusão: Atendeu-se ao objetivo acadêmico proposto e verificou-se que a proposta pode ser estendida a outras situações–problema semelhantes, desde que com adaptações à escolha de vocabulário, contexto comunicativo e nível de compreensão/letramento de estudantes com TEA.