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ANÁLISE DISCURSIVA EM COMENTÁRIOS DE REDES SOCIAIS DIGITAIS SOBRE ENSINO REMOTO EMERGENCIAL, EAD E ATUAÇÃO DOS PROFESSORES NA PANDEMIA DE COVID-19
Author(s) -
Weidson Leles Gomes
Publication year - 2022
Publication title -
anais do i congresso brasileiro on-line de ensino, pesquisa e extensão
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51189/ensipex/13
Subject(s) - humanities , philosophy , sociology
Introdução: Em março de 2020 o cenário educacional caracterizado pela pandemia COVID-19 desencadeou o surgimento do modelo de Educação a Distância de Emergência (ERE). Objetivo: O presente artigo busca analisar comentários de redes sociais digitais sobre ensino remoto emergencial, EAD e atuação dos professores na pandemia de COVID-19. Material e métodos: Busca-se analisar a partir de revisão bibliográfica e análise discursiva de inspiração foucaultiana, um corpus composto por notícias e comentários em redes sociais sobre a prática docente na pandemia, refletindo a partir de questões como: quais são as prescrições, proibições e regras ao professor? Que subjetividades são demandadas nos discursos analisados? Quais outros discursos se relacionam com o discurso sobre os professores e como funcionam? Que experiências ou saberes nascem diante do enfrentamento (ou não) desses discursos? Que resultados elas produzem nos professores e nos próprios sujeitos que deles falam? O presente estudo justifica-se pela necessidade de compreensão de como tal pandemia afeta processos educacionais, discursivos e tecnológicos e como isso nos afeta. Resultados: Constata-se a presença de enunciados que demonstram interesses empresariais, econômicos, tecnológicos, religiosos, morais. Um discurso neoliberal, dito conservador e de direita que julga e condena o professor como vagabundo, doutrinador, usuário de drogas e até pedófilo. Conclusão: Conclui-se que esses discursos defendem, dentro outros pontos, a prática em contraposição à teoria; uma prática que precisa ser síncrona e presencial, denunciada por uma noção de que o trabalho do professor não pode se dar de uma forma remota, assíncrona e/ou à distância ou que esse trabalho e esse ensino valem menos, tanto economicamente quanto pedagogicamente.