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RELAÇÃO ENTRE O INFLAMASSOMA E A COVID-19 GRAVE
Author(s) -
Idna Lara Goes De Sena,
Maria Tereza Linhares Cardoso,
Giovanna Rolim Pinheiro Lima,
Sílvia Fernandes Ribeiro da Silva
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/986
Subject(s) - covid-19 , microbiology and biotechnology , humanities , physics , medicine , biology , philosophy , disease , infectious disease (medical specialty)
INTRODUÇÃO: O inflamassoma é um complexo multiproteico formado no citosol em resposta aos PAMPs e DAMPs. Sua função é gerar as formas ativas das citocinas IL-1β e IL-18 que, antes de serem liberadas das células, são clivadas pela caspase-1, tornando-se ativas para promoverem a resposta inflamatória. A ativação do inflamassoma tem como consequência a piroptose, uma forma inflamatória de morte celular programada de macrófagos caracterizada pelo inchaço das células, perda da integridade da membrana plasmática e liberação de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IL-18, TNF-α, IL-6 e IL-8). OBJETIVO: Avaliar o papel do inflamassoma na COVID-19. MATERIAL E MÉTODOS: Para realizar a coleta das informações, foram consideradas publicações no idioma inglês que abordassem o tema “Ativação dos inflamassomas na COVID-19” na plataforma MEDLINE (PubMed). Foram usadas as seguintes palavras-chave: “COVID-19”, “inflammasomes”, “inflammation”, “innate immunity”. RESULTADOS: Os estudos estão em acordo acerca da relação entre a magnitude da ativação do inflamassoma e a COVID-19 grave. Os autores relatam que a defesa inicial inata é importante na resposta dos pacientes contra o SARS-CoV-2. Porém, o encontro de níveis elevados de caspase-1, de IL-1β e de IL-18, estão associados à gravidade da doença e ao desfecho clínico insatisfatório. A piroptose desencadeada pela infecção pelo SARS-CoV-2 e a consequente liberação de LDH e de citocinas pró-inflamatórias, detectados no soro dos pacientes, sugere envolvimento do inflamassoma na tempestade de citocinas. Além disso, pacientes com a forma grave da doença contêm um número maior do inflamassoma de NLRP3, indicando presença de inflamassomas ativos em casos letais de COVID-19. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que os inflamassomas participam da fisiopatologia da COVID-19. No entanto, ainda é necessária a determinação dos mecanismos exatos pelos quais o SARS-CoV-2 aciona o inflamassoma, pois esse complexo multiproteico pode ser um marcador valioso da gravidade da doença e um potencial alvo para estratégias terapêuticas eficazes contra a COVID-19.