CRIPTOSPORIDIOSE E PACIENTES IMUNOCOMPROMETIDOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Introdução: Cryptosporidium, inicialmente descrito por Tyzzer em 1907, é um parasita do filo Apicomplexa que pertence ao grupo dos protozoários intracelulares. A ingestão de oocistos infectantes provoca infecção por Cryptosporidium e a consequente doença: a Criptosporidiose. Caracterizada por atingir, preferencialmente, o sistema gastrointestinal, manifesta-se por meio de diarreia aquosa, náuseas, dor abdominal e anorexia. A seriedade e a evolução desta doença relacionam-se diretamente com a idade, estado imunológico e nutricional do hospedeiro. Tratando-se de uma parasitose intestinal, a sua ocorrência reflete desigualdades no desenvolvimento socioeconômico das regiões e das diferentes condições de vida da população. Objetivo: Este estudo tem por objetivo elucidar o gênero Cryptosporidium, assim como, explicitar oportunista do gênero supracitado e a sua maior gravidade em pacientes imunocomprometidos. Material e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa. Resultados: As alterações provocadas pelo parasitismo do Cryptosporidium nas células epiteliais da mucosa gastrintestinal interferem nos processos digestivos e resultam na síndrome da má absorção. Sua transmissão pode ocorrer de pessoa a pessoa, animal a pessoa, pela água ou alimentos contaminados com oocistos. Em indivíduos imunocompetentes, a doença caracteriza-se por diarreia aquosa e profusa (1 a 3 litros por dia). O quadro clínico é, geralmente, benigno e autolimitante. Em crianças, os sintomas são mais graves e podem ser acompanhados de vômitos e desidratação. Já entre os pacientes imunodeficientes, tais como os portadores de HIV-Aids ou de insuficiência renal crônica, os transplantados e os que fazem quimioterapia contra câncer ou leucemia, os sintomas são crônicos, caracterizando-se por vários meses de diarreia aquosa (3 a 6 litros por dia em média) refratária a qualquer medicação antimicrobiana e acentuada perda de peso. Conclusão: Com base no pressuposto, evidencia-se que a relação entre criptosporidiose e pacientes imonocomprometidos advém da sua maior severidade de sintomas e progressão da doença acometendo, principalmente, pacientes oncológicos, com HIV ou transplantados, bem como, nos idosos e nas crianças. Ademais, a adoção de medidas profiláticas e o controle da doença são imprescindíveis para previr ou evitar os meios de transmissão.