z-logo
open-access-imgOpen Access
FATORES DESENCADEANTES DA EPILEPSIA EM QUADROS DE NEUROCISTICERCOSE: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Author(s) -
Kandyce Medeiros Lacerda,
Bruna Gabriella Nascimento Bezerra,
Mateus Figueiredo Braga,
Rebeca Jerônimo de Aquino Silva,
Ulisses Figueiredo de Sousa
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso brasileiro de parasitologia humana on-line
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/714
Subject(s) - humanities , microbiology and biotechnology , biology , philosophy
Introdução: O Brasil apresenta quantidade expressiva de casos de cisticercose por possuir clima tropical adequado à sobrevivência da larva, prática de suinocultura, além de ter más condições sanitárias em diversas regiões. O ciclo da Taenia solium se inicia por meio da ingesta de alimentos contaminados por fezes contendo proglotes grávidas ou ovos embrionados que, ao adentrar as paredes intestinais, invade o sistema circulatório e pelo quimiotropismo, ao se instalar no cérebro do hospedeiro, causa lesões e, posteriormente, um quadro clínico de epilepsia. Objetivo: Analisar os fatores que favorecem o desenvolvimento de epilepsia em virtude da neurocisticercose. Material e métodos: Pesquisa por meio das bases de dados SciELO, PUBMED e LILACS de artigos que relacionam as razões que induzem o quadro clínico epiléptico em paciente com NCC. Resultados: Diversos aspectos são determinantes para a evolução do quadro clínico para epilepsia, sobretudo a resistência ao tratamento e a forte resposta imunológica do paciente. A baixa sensibilidade ao tratamento farmacológico proporciona a degeneração da barreira hematoencefálica pelo parasito, o que contribui para a instalação deste em tecido cerebral, principalmente nos lobos frontal e parietal. Após a instalação, há uma deposição de material fibrótico e o cisto eventualmente endurece e se transforma em um nódulo calcificado. As células imunológicas reagem intensamente devido a processos compressivos irritativos, vasculares e obstrutivos pelos cisticercos parenquimatosos que ocasionam obstrução do fluxo de líquido cefalorraquidiano, hipertensão intracraniana e hidrocefalia que geram o quadro de epileptogênese. Conclusão: A cisticercose, por ser uma doença parasitária de grande frequência em número de casos, possui alta probabilidade de que o indivíduo contaminado desenvolva a forma neurológica que apresenta a epilepsia como uma das principais consequências. Nesse sentido, é de suma importância que a equipe médica conheça os principais fatores que propiciam o desenvolvimento da epilepsia a partir da neurocisticercose tais como baixa sensibilidade aos fármacos utilizados no tratamento e resposta imune exacerbada. Assim, é possível fazer um diagnóstico preciso e rápido, útil para evitar as consequências da epileptogênese.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here