
Disfunções Hemodinâmicas na Covid-19
Author(s) -
Bruno Silva Gomes Gomes,
Felipe Jatobá ato de Sá,
Juliana Matos Ferreira Bernardo,
Cláudia Lobo
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/646
Subject(s) - medicine , covid-19 , gynecology , disease , infectious disease (medical specialty)
Introdução: Covid-19 é a síndrome infecciosa causada pelo SARS-COV-2 que pode cursar com reação inflamatória sistêmica, decorrente da liberação de citocinas, promovendo morte celular e ativação da cascata de coagulação. Hipercoagulabilidade e trombose em microcirculação, demonstrados por necropsias, conjuntamente a hipoxemia, resultam em isquemia e disfunção orgânica. A incidência de tromboembolismo venoso entre estes pacientes varia de 8 a 69%. Objetivo: Apresentar a fisiopatologia e repercussões clínicas das alterações hemodinâmicas na Covid-19. Material e métodos: Revisão bibliográfica integrativa realizada no PUBMED. Utilizou-se como estratégia de busca os descritores: “coagulopathy” “covid-19", combinado pelo operador booleano AND. Como critério de inclusão, elegeram-se filtros de versão 5 anos, meta-análises, ensaio clínico e randomizados, trabalhos restritos a modelos humanos e sem restrição linguística, enquanto como critério de exclusão, descartaram-se artigos que não abrangeram o recorte de análise. As pesquisas retornaram 12 resultados, após interpretação dos títulos e resumos selecionaram-se 10. Resultados: Evidencia-se maior mortalidade em indivíduos com altos níveis de D-dímero, relacionada à reação hiperinflamatória e à falência orgânica, apesar deste ser um marcador indireto da geração de trombina. Sua dosagem, assim como o tempo de atividade de protrombina (TAP), fibrinogênio e plaquetometria, é importante na estratificação de risco. A Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia recomenda a realização de exames laboratoriais, além de Doppler venoso de membros inferiores, na suspeita de trombose venosa profunda. Como também a utilização dos Escores de Padua e IMPROVE para avaliar o risco tromboembólico. Conclusão: Hipercoagulabilidade e isquemia decorrentes da tempestade de citocinas culminam em agravos clínicos como: embolia pulmonar, sepse, edema assimétrico de membros inferiores, disfunção ventricular direita aguda e piora da hipoxemia. A ameaça de tromboembolismo requer acompanhamento por dosagem de plaquetas, TAP, PTT, D-dímero e fibrinogênio, com profilaxia oferecida nos casos de susceptibilidade. A piora desses parâmetros indica gravidade, com possível necessidade de cuidados intensivos.