A RELEVÂNCIA DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR NO CUIDADO AO PACIENTE COM DOENÇA FALCIFORME: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Introdução: A doença falciforme (DF) é um grupo de doenças monogênicas cuja anormalidade estrutural da hemoglobina gera hemácias em forma de foice. Essa alteração provoca crises vaso-oclusivas afetando múltiplos órgãos e consequentemente atingindo diversos âmbitos biopsicossociais dos pacientes. Sendo assim, é importante uma equipe multidisciplinar que aborde os cuidados e manejos da doença em sua integralidade. Objetivo: Revisar na literatura a relevância da equipe multidisciplinar no cuidado de pacientes com doença falciforme. Material e métodos: Foi realizada uma revisão bibliográfica, nas bases de dados PUBMED e BVS, utilizando os descritores anemia, multidisciplinary team e sickle cell . Foram incluídos estudos com humanos, em inglês e português publicados nos últimos 5 anos. Após análise de títulos e resumos selecionou-se 9 artigos. Resultados: Portadores de DF apresentam lesão de órgão-alvo e episódios imprevisíveis de dor aguda que requerem hospitalizações frequentes, necessitando, portanto, de uma equipe multidisciplinar. Quando no acompanhamento clínico ocorre comunicação entre os profissionais de diferentes especialidades, sucede um fluxo contínuo de informações e gerenciamento proativo dos sintomas, reduzindo morbimortalidade. Sendo assim, um atendimento abrangente e coordenado que visa o melhor interesse do paciente, melhora significativamente a evolução e a qualidade de vida. Além disso, estratégias psicossociais podem aumentar a adesão do paciente ao tratamento, bem como suporte de seus familiares, uma vez que melhoram o entendimento da doença, facilitam o alcance da meta de eficiência funcional e propiciam maior satisfação com o atendimento. Por fim, a assistência multiprofissional assegura melhor compreensão holística do caso pelos profissionais responsáveis, culminando na evolução mais favorável do processo saúde-doença. Conclusão: O acompanhamento multidisciplinar inegavelmente melhora a evolução do paciente com DF e também reduz custos hospitalares, visto que favorecem menor número de internações. Apesar dos benefícios, a maior parte dos estudos avalia apenas gestantes e infantes sendo necessário averiguar mais sobre em outros grupos.