
MECANISMOS GÊNICOS RELACIONADOS ÀS ETAPAS DO PROCESSO EMBRIONÁRIO DE DIFERENCIAÇÃO SEXUAL
Author(s) -
Ligia Ribeiro de Campos,
Maria Luiza Lyczacovski Riesemberg,
Maria Victória Ferreira Piccoli,
Milene Krefer Machado
Publication year - 2022
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/3218
Subject(s) - testis determining factor , biology , microbiology and biotechnology , gene , genetics , y chromosome
Introdução: A diferenciação sexual ocorre em torno da sétima semana após a fertilização, que estabelece o sexo cromossômico. Esse processo é mediado por genes, os quais, expressos ou não, geram uma cascata de fatores e hormônios que diferenciam morfológica e funcionalmente estruturas primitivas do embrião resultando na manifestação sexual fenotípica. Objetivos: Destacar a implicação dos genes SRY, DAX 1 e SOX9, bem como fatores e hormônios decorrentes da expressão ou não desses no fenômeno de diferenciação sexual. Assim como diferenças entre esses processos conforme o sexo cromossômico. Metodologia: Este estudo consistiu em uma revisão literária de artigos escritos em inglês e português publicados nas bases de dados “Pubmed”, “Scielo”, no período entre 2000 e 2021. Resultados: Com base na análise literária, destaca-se o processo de diferenciação gonadal no período embrionário, através das características e importância de cada gene. A princípio, o fator determinante testicular (TDF) é responsável por ativar o gene SOX9, que tem sua expressão evidenciada nas células de Sertoli e ausente no tecido ovariano. Tal fator - codificado pelo gene SRY e expresso pelas células somáticas dos cordões sexuais masculinos - auxilia na diferenciação primeiramente de células de Sertoli e secundariamente em células de Leydig, que em conjunto formam os testículos. Ademais, os ductos paramesonéfricos regridem devido à secreção do hormônio antimulleriano (MIF) e os mesonéfricos mantêm-se, em seguida com o auxílio da di-hidrotestosterona, diferenciam-se em genitália externa masculina. Enquanto em indivíduos do sexo feminino, que não expressam o gene SRY e o TDF mas sim o DAX-1, há a inibição da formação testicular. Bem como, os fatores Wnt4 e Rspo1 estimulam a diferenciação de células foliculares em ovogônias e, por fim, a formação dos ovários. Ocorre também a não regressão dos ductos paramesonéfricos devido à ausência de MIF, permitindo o desenvolvimento das estruturas da genitália interna feminina. Conclusão: Evidencia-se, então, o destaque da atuação gênica bem como o desencadeamento de fatores e hormônios relacionados a ela quanto o fenômeno embriogênico da diferenciação sexual.