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POSSIBILIDADES DE SUPORTE PSICOLÓGICO AO LUTO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
Author(s) -
Jamille Fontes Leite Botelho,
Edinilma Carla Oliveira Ribeiro,
Mayara Everton Nunes Cardoso
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso brasileiro de saúde pública on-line: uma abordagem multiprofissional
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/3056
Subject(s) - humanities , covid-19 , art , medicine , disease , pathology , infectious disease (medical specialty)
Introdução: A Covid-19 tem sido considerada uma grave crise na saúde pública, diante tantas mudanças e o crescente número de casos da doença, o sistema de saúde vivenciou diversas alterações. As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estiveram em destaque nesse contexto devido a gravidade dos quadros clínicos e necessidade de cuidados intensivos. Um aspecto frequente foi a ocorrência de óbitos em massa em um curto período, muitas vezes mortes na mesma família, gerando lutos sequencias, havendo a constante necessidade de acompanhamento psicológico dos familiares. Objetivo: O presente trabalho visa descrever as possibilidades de suporte psicológico ao luto dos familiares em uma UTI durante a pandemia de Covid-19. Material e Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo, na modalidade relato de experiência, que visa descrever a atuação de três psicólogas no contexto da Terapia Intensiva durante a pandemia, em um Hospital Universitário de São Luís/Maranhão. Durante a pandemia, em função do alto risco de contágio, as famílias foram impossibilitadas de acompanharem presencialmente o processo da doença e da morte dos seus familiares, dificultando a vivência do luto. Resultados: A atuação das psicólogas nesse cenário se dava através da mediação para possibilitar rituais de despedida por meio de visitas virtuais dos familiares, visitas religiosas online, realização de teleconferência, mensagens de textos e áudio, envio de cartas, reprodução de músicas consideradas significativas para o paciente ou de objetos que representassem uma ligação emocional entre o paciente e família para serem mantidos junto ao leito ou no caixão, como expressão da conexão entre eles, assim como o acompanhamento presencial da comunicação de óbito com equipe médica, a fim de ofertar espaço para expressão de sentimentos e apoio psicológico durante o reconhecimento do corpo. Conclusão: As práticas realizadas pela equipe de psicologia visavam favorecer a ressignificação do luto da rede socioafetiva dos pacientes, considerando que ofertar suporte psicológico desde o momento inicial da perda pode favorecer a minimização dos impactos negativos na saúde mental das famílias, auxiliando no processo de elaboração da perda, repercutindo na saúde pública do país.

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