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ANÁLISE DA CORRELAÇÃO ENTRE PACIENTES TABAGISTAS E DIAGNOSTICADOS COM TUBERCULOSE NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ENTRE 2017 E 2020
Author(s) -
Eduardo Stolf
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso brasileiro de saúde pública on-line: uma abordagem multiprofissional
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/2910
Subject(s) - medicine , humanities , gynecology , philosophy
Introdução: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada majoritariamente pelo Mycobacterium tuberculosis. Sua forma de propagação ocorre, sobretudo, pela inalação de partículas contendo bacilos, sejam eles lançados através da fala ou outra ação do paciente ativo. Além disso, é uma doença com sintomatologia inespecífica, podendo ter quadros assintomáticos e casos de sintomas extrapulmonares, porém é visto como comum a presença de tosse produtiva, perda ponderal e sudorese noturna. A tuberculose é a principal causa infecciosa de mortalidade em adultos, aumentando esse desfecho em pacientes a cada ano, e um dos fatores que influencia nesse cenário é o tabagismo, já que ele reduz a resposta imunológica do indivíduo, tornando-o mais vulnerável à infecção. Objetivo: Analisar quantitativamente os casos de pacientes diagnosticados com tuberculose associado ao tabagismo no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, entre 2017 e 2020. Material e métodos: Estudo descritivo epidemiológico, sendo adquirido os dados através da plataforma TabNet Datasus relativo ao número de casos de tuberculose, aplicando como abrangência geográfica o estado do Rio Grande do Sul e, além disso, limitando a busca para os anos de 2017 a 2020. Por fim, utilizou-se dos fatores: ano de diagnóstico, tabagismo e casos confirmados para delimitar a pesquisa. Resultados: No decorrer de 2017 a 2020 foram confirmados 27.509 casos de pacientes com Tuberculose no Rio Grande do Sul, dos quais 10.103, aproximadamente 37%, eram tabagistas no momento do diagnóstico, provando ser uma importante conexão, já que de modo sumário, a cada 3 pacientes diagnosticados, 1 é fumante. É importante citar o aumento no decorrer dos anos dessa correlação, iniciando em 2017 com 35,5% e finalizando em 2020 com 38,72% de associação entre a doença e o fumo. Conclusão: A disrupção da correlação entre pacientes tabagistas e com tuberculose ativa torna-se vital para permear um prognóstico favorável ao paciente. Dessa forma, é indicado promover suporte, seja por meio de grupos de tabagismo ou por ações multidisciplinares nas unidades de saúde, para tratar essa dependência, visando, por consequência, reduzir essa conexão supracitada.