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OSTEONECROSE DOS MAXILARES ASSOCIADA A MEDICAMENTOS: UMA REVISÃO NARRATIVA
Author(s) -
Kerian Dorothy Rehbein,
Gabriela Cardoso De Cardoso,
Gislene Corrêa,
Frederico Saueressig,
Beatriz Farias Vogt
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso brasileiro de saúde pública on-line: uma abordagem multiprofissional
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/2768
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: A osteonecrose dos maxilares associada a medicamentos (OMAM) é uma condição debilitante grave e rara. Se caracteriza pela presença de tecido ósseo exposto ou sondado por fístula na região maxilofacial, persistente por oito semanas, em pacientes com histórico de uso de agentes antirreabsortivos ou antiangiogênicos e que não foram submetidos à radioterapia na região da cabeça e pescoço, nem apresentem metástases ósseas nos maxilares. Objetivo: Este trabalho objetiva realizar uma revisão narrativa da literatura e propõe breve discussão acerca da OMAM relacionada aos bisfofonatos e o denosumabe. Material e métodos: Utilizou-se estratégias de busca DeCS/MeSH terms para estruturar a pesquisa e então realizou-se a busca nas bases de dados Scopus, Google Scholar, MEDLINE/PubMed e Web of Science. Resultados: A fisiopatologia da OMAM possui caráter multifatorial. Trata-se de um processo de reparo ósseo prejudicado devido a mecanismos de inativação da atividade osteoclástica, defeito na remodelação óssea e ação anti-angiogênica. Fatores locais como higiene oral deficiente, doenças periodontais, infecções dentárias, próteses mal adaptadas e procedimentos cirúrgicos invasivos aumentam o risco de OMAM. O manejo e tratamento da OMAM é desafiador. Realizar a avaliação individualizada é imprescindível para a decisão terapêutica, sendo necessário introduzir tratamentos combinados para o controle dos sintomas. As abordagens variam de estratégias conservadoras (antimicrobianos e antibióticos) a cirúrgicas (debridamentos e ressecção), que podem ser associadas a terapêuticas alternativas. Muitas vezes, o objetivo do manejo da OMAM é controle da dor, da infecção e da progressão da necrose óssea, considerando os riscos de abordagem e a possibilidade de melhorar a qualidade de vida do paciente. Conclusão: A OMAM é uma doença grave e de difícil resolução, com potencial de prejudicar severamente a qualidade de vida do paciente e reduzir a adesão do mesmo ao tratamento antineoplásico. O exame odontológico e tratamento das demandas orais de pacientes elegíveis ao uso de bisfosfonatos e denosumabe previamente ao início do tratamento podem reduzir significativamente a ocorrência de sequelas causadas por essa patologia. Da mesma forma, é imprescindível orientar sobre os efeitos adversos dos fármacos, conscientizando o paciente sobre os devidos cuidados com a cavidade oral e a importância de acompanhamentos regulares.

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