
ANÁLISE DOS ÓBITOS OCORRIDOS EM DOMICÍLIOS DURANTE A PANDEMIA POR COVID-19 EM UMA REGIÃO METROPOLITANA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA: UMA ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA
Author(s) -
Ana Lúcia da Silva Ferreira,
Daniele Melo Sardinha,
Paulo Cerqueira dos Santos Júnior,
Luaepomuceno Gondim Costa,
Karla Valéria Batista Lima
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso brasileiro de saúde pública on-line: uma abordagem multiprofissional
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/2763
Subject(s) - humanities , physics , philosophy
Introdução: No Brasil, o primeiro caso confirmado da COVID-19 foi registrado em 26 de fevereiro de 2020 em São Paulo com avanço rápido pelo país, com transmissão comunitária declarada no território nacional em 20 de março de 2020. O estado do Pará registrou o primeiro caso no dia 18 de março e no dia 25 de julho de 2020 assumiu o quarto lugar em número absoluto de casos no país, com 148.463 casos confirmados e 5.716 óbitos. Objetivos: Diante da ausência de análise de óbitos em domicílio na perspectiva epidemiológica, o presente estudo objetiva analisar e descrever o perfil epidemiológico dos óbitos ocorridos em domicílio avaliados pelo Serviço de Cerificação de Óbitos (SVO) durante a primeira onda da pandemia por coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) na região metropolitana de Belém, estado do Pará. Material e métodos: Estudo descritivo, quantitativo, de base secundária, a partir dos bancos de dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), referentes aos óbitos ocorridos de 1 de março à 27 de junho de 2020. As variáveis trabalhadas foram referentes ao perfil e as causas definidas na declaração de óbito. Foram utilizadas as causas de óbitos domiciliares de 2019 para comparação com 2020. Resultados: No período indicado ocorreram 1.203 mortes, aumento de 454% em relação a 2019. O sexo masculino (57,30%), a faixa etária de 60+ (80,80%) e a raça parda (77,70%) foram os mais frequentes. A principal causa de óbitos foi infarto agudo do miocárdio (15,05%) seguida por COVID-19 (10,29%). Conclusão: Durante a pandemia os óbitos domiciliares em sua maioria não foram diretamente ocasionados por COVID-19. Todavia, os óbitos foram influenciados devido a necessidade do isolamento social, com a impossibilidade de obter o próprio diagnóstico ou tratamento adequado, além da impossibilidade de atendimento no local ou falta de resposta imediata.