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DETECÇÃO DE MYCOPLASMA HAEMOCANIS NA AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA DE UM CANINO DOMÉSTICO - RELATO DE CASO
Author(s) -
Ingrid Carneiro de Oliveira Falcão,
Amanda Ferreira de Jesus,
Ana Alicy E Silva Viana,
Hellen Nayara Silva Oliveira,
Nayara Moreira Damasceno
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso on-line nacional de clínica veterinária de pequenos animais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/2390
Subject(s) - medicine , gynecology , anemia , gastroenterology
Introdução: A micoplasmose canina é uma infecção crônica e assintomática causada, em maior incidência, por Mycoplasma haemocanis (M. haemocanis). Bactéria Gram-negativa com alta afinidade pela parede dos glóbulos vermelhos responsável por quadros de anemia hemolítica. A sintomatologia clínica desse hemoplasma torna-se evidente em cães esplenectomizados, imunossuprimidos ou com alguma doença concomitante. Os achados laboratoriais frequentemente encontrados são anemia regenerativa, anisocitose, policromasia e reticulocitose. Embora seja difícil de visualizar em análises clínicas veterinárias, o M. haemocanis pode ser identificado no esfregaço sanguíneo de cães clinicamente enfermos. No entanto, o teste de escolha para o diagnóstico da micoplasmose em cães é o PCR. Objetivo: Este relato de caso tem como objetivo relatar um caso de micoplasmose em um canino doméstico diagnosticado a partir da avaliação hematológica. Material e métodos: Uma cadela dálmata, 40 dias, pesando 1 kg, foi atendida em uma clínica veterinária particular de Goiânia. A principal reclamação é que o animal estava triste. O mesmo apresentava normorexia e não era vermifugado. Durante a consulta, os parâmetros vitais estavam dentro da normalidade, mas a mucosa estava levemente hipocorada, então foi solicitado hemograma. Resultados: O hemograma evidenciou anemia microcítica normocrômica, com anisocitose, policromasia, além de hemácias em alvo, vacuolização e granulações tóxicas no citoplasma de segmentados e presença de raros imunócitos. Neutrofilia relativa com linfopenia relativa também foram vistos. Além disso, o exame de hematozoários foi positivo para M. haemocanis, devido à visualização da presença de inclusões eritrocitárias marginais cocóides. O tratamento foi realizado e um novo hemograma foi solicitado 28 dias depois, no qual também foi observada anemia microcítica normocrômica, com anisocitose, hemácias em alvo, rouleaux de hemácias, presença de imunócitos e neutrofilia relativa com linfopenia relativa. No entanto, houve ausência de hematozoários na amostra examinada. Conclusão: A micoplasmose geralmente se manifesta como infecção subclínica e sua sintomatologia varia de acordo com a imunocompetência dos animais. Daí a importância dos exames laboratoriais para auxiliar no diagnóstico correto da doença, bem como no seu prognóstico e permitir o acompanhamento do tratamento.