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ALTERAÇÕES HEPÁTICAS RELACIONADAS AO SARS-COV-2: REVISÃO DE LITERATURA
Author(s) -
Carla Sousa da Silva,
Luana Lorena Silva Rodrigues
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso brasileiro de doenças infectocontagiosas on-line
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/2256
Subject(s) - medicine , gynecology , gastroenterology
Introdução: A COVID-19 é uma doença extremamente contagiosa, as características clínicas são variadas e inespecíficas, os principais sintomas incluem a tosse, febre, cefaléia, anosmia, ageusia, e produção de secreções expectorantes; estima-se que em 20% dos casos podem levar a doença com rápida progressão para a síndrome respiratória aguda grave. A virose com afecção principalmente respiratória, agrega condições sistêmicas que afetam potencialmente múltiplos órgãos e sistemas, estudos já evidenciaram a presença de manifestações hepáticas. Objetivos: Este estudo tem o objetivo de reunir achados que descrevem a relação entre a infecção pelo SARS-CoV-2 e as alterações no perfil hepático de pacientes confirmados para a doença. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, do tipo revisão de literatura, para realizá-lo, buscou-se artigos publicados no ano de 2021, nas bases de dados LILACS, PUBMED e Google Acadêmico, com os descritores: COVID-19, enzima de conversão de angiotensina 2 e hepatócitos. Foram encontradas 14 publicações, e somente 6 foram incluídas. Foram excluídos estudos que não contemplavam em seu contexto questões referentes a temática e fora do período delimitado. Após análise bibliográfica constatou-se que a presença de danos hepáticos pode ser encontrada em até 60% dos pacientes internados por COVID-19. Resultados: As alterações hepáticas mais relatadas foram a elevada presença das enzimas alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), acompanhadas de aumento de bilirrubina e considerada redução de albumina, além de elevada presença de enzimas hepáticas colestáticas (fosfatase alcalina [ALP] e gama-glutamil transferase [GGT]). Foi observado em casos com piores desfechos, aumento nos valores de lactato desidrogenase (LDH), tempo de atividade de protrombina (TAP) prolongado, e a ativação da coagulação e fibrinólise acompanhada por trombocitopenia. Os mecanismos subjacentes de lesão hepática sugerem, principalmente, infecção viral direta nos hepatócitos e colangiócitos, vias receptoras da enzima conversora de angiotensina (ECA2), hepatotoxicidade de agentes terapêuticos, inflamação imunomediada, comorbidades hepáticas, hipóxia, coagulação anormal e disfunção da barreira gastrointestinal. Conclusão: Diante disso, observa-se a alta influência do SARS-CoV-2 no funcionamento do fígado, porém a patogênese da doença hepática associada a COVID-19 não está totalmente compreendida, o que transmite a importância da avaliação da função hepática como fator prognóstico, e a produção de mais estudos voltados ao tema.

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