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HANSENÍASE: UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Author(s) -
Maria Carolina Raiol Da Silva,
Amilton Nascimento Dos Reis,
Iury Do Nascimento Da Silva
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso brasileiro de doenças infectocontagiosas on-line
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/2246
Subject(s) - medicine , humanities , philosophy
Introdução: A hanseníase é uma doença infecciosa transmissível e de caráter crônico, que ainda persiste como problema de saúde pública no Brasil. Seu agente etiológico é o Mycobacterium leprae, um bacilo que afeta principalmente os nervos periféricos, olhos e pele. A doença pode apresentar uma evolução lenta e progressiva, levando a deformidades e incapacidades físicas irreversíveis, decorrentes do processo de adoecimento de quando não há um tratamento adequado, atingindo pessoas de qualquer faixa etária. Objetivo: Destacar as principais dificuldades enfrentadas no combate à hanseníase no Brasil. Material e métodos: As buscas foram realizadas em bases de dados bibliográficas — SciELO, BIREME e LILACS. Incluiu-se artigos do período de janeiro de 2016 a janeiro de 2021 com delineamento experimental e observacional, em Inglês, Português e Espanhol. Resultados: O enfrentamento da hanseníase passa por um dos momentos mais delicados no Brasil. O descaso com a inclusão de novas drogas no esquema terapêutico, a escassez no fornecimento de novos exames complementares para o diagnóstico e a dificuldade de acompanhamento das sequelas de pacientes diagnosticados colocam essa doença como uma importante questão de saúde pública. Mesmo a hanseníase sendo uma doença infecciosa e de alta infectividade, desde o final de 2020 tem ocorrido grande desabastecimento da poliquimioterapia, esquema usado há 30 anos. Em alguns estados, faltam drogas utilizadas para o tratamento, assim como nos surtos reacionais. Enquanto isso, 30 mil novos casos são diagnosticados anualmente no Brasil.Além disso, as dificuldades emocionais, como medo, vergonha, culpa e rejeição, geram ao portador, o abandono do tratamento, diagnóstico tardio, estigma, preconceito e sofrimento, já que a doença se torna um grande obstáculo para o paciente. Conclusão: Dessa forma, como estratégia frente a essas dificuldades, são necessários novos protocolos com outros esquemas terapêuticos, uma melhor qualidade das técnicas atuais para a realização adequada da baciloscopia do raspado e acessos a novos diagnósticos moleculares e sorológicos. Também, faz-se necessário um trabalho de capacitação dos profissionais e promoção de ações educativas voltadas à população, com o objetivo de erradicar o preconceito ainda existente e cessar dúvidas relacionadas à hanseníase.

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