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O TRATAMENTO PRECOCE E A SUA REAL EFETIVIDADE NO COMBATE AO COVID-19
Author(s) -
Paulo Luy Alencar Vieira Mariano,
Pedro Mendanha Carvalho,
Raphael Monteiro Oliveira,
Alcione Oliveira dos Santos
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso brasileiro de doenças infectocontagiosas on-line
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/2187
Subject(s) - covid-19 , humanities , medicine , gynecology , philosophy , disease , infectious disease (medical specialty)
Introdução: Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a coronavírus disease 2019 (COVID-19) como uma emergência de saúde pública global. A princípio, estudos primários sugeriam a eficácia de medicamentos antivirais como hidroxicloroquina e ivermectina no combate à severe acute respiratory syndrome coronavírus 2 (SARS-CoV-2), o que popularizou o famigerado “tratamento precoce”. Dessa forma, a ampla disseminação desta medida profilática, sem um embasamento científico conclusivo, tornou-se um problema de saúde pública, tendo em vista que o uso desses medicamentos pode ser prejudicial quando não realizado de forma adequada. Objetivo: Avaliar a eficácia do famigerado “tratamento precoce”. Material e métodos: Foram realizadas pesquisas bibliográficas e uma revisão sistemática acerca da literatura encontrada. Para a realização dessas pesquisas utilizou-se das ferramentas: Public Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed), Google Acadêmico, MedRxiv (med-archive xiv), foram consideras pesquisas produzidas no intervalo de 2020 a 2021 e que abordaram a eficácia da Hidroxicloquina, Ivermectina e Azitromicina. Resultados: Foi constatado que, a hidroxicloroquina em doses mais altas aumentou a letalidade da COVID-19, além de, em conjunto da azitromicina, aumentar a probabilidade de o paciente desenvolver problemas cardiovasculares, como arritmia e parada cardíaca. O último medicamento estudado, a ivermectina, demonstrou ser eficaz em experiências realizadas in vitro, diminuindo consideravelmente a carga viral da SARS-CoV-2, análises clínicas também foram realizadas e obtiveram resultados positivos, contudo, não é possível afirmar de maneira conclusiva se o medicamento supracitado é eficiente, pois a amostragem da pesquisa considerada foi bastante reduzida e limitada. Conclusão: Portanto, fica evidente que a disseminação do “tratamento precoce” deve ser descontinuada e desincentivada. Assim sendo, o uso da hidroxicloroquina e da azitromicina deve ser combatido, uma vez que comprovou-se ser ineficiente como medida profilática para o COVID-19, além de ser prejudicial, estando relacionado a casos de arritmia e até mesmo parada cardíaca. Outrossim, é necessário que haja uma análise mais profunda do uso da ivermectina, tendo em vista que embora tenha apresentado indícios positivos de efetividade contra o SARS-CoV-2, o valor amostral da pesquisa foi relativamente baixo.

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