
MELANOMA AMELANÓTICO EM FELINO: RELATO DE CASO
Author(s) -
Marla Ross,
Vinícius Rosa Dos Santos,
Luísa Sant Anna Blaskoski Cardoso,
Julia Da Costa Cunha
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso on-line nacional de clínica veterinária de pequenos animais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/1933
Subject(s) - medicine , melanoma , submucosa , dorsum , pathology , anatomy , cancer research
Introdução: As neoplasias na cavidade oral representam cerca de 5% de todas as neoformações encontradas em caninos e felinos. O termo melanoma é utilizado quando há uma neoplasia maligna dos melanócitos. Os melanomas amelanóticos são aqueles em que não há pigmentação. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de um felino fêmea, sem raça definida, de 8 anos com uma neoplasia no ramo mandibular direito, identificada em um estudo radiográfico e, posteriormente, diagnosticada como melanoma amelanótico, pelo exame histopatológico. O paciente apresentava perda de peso e variações no apetite. Ao exame físico notou-se a presença de uma massa em cavidade oral no ramo mandibular direito, além disso o paciente apresentava sialorréia leve e as mucosas pálidas. Foi indicado uma radiografia de crânio, o qual mostrou um aumento de tecidos moles concomitante com áreas de lise óssea no ramo mandibular direito, discreta proliferação no periósteo na porção ventral do ramo e deslocamento dorsal do molar inferior. Materiais e Métodos: Os tratamentos de eleição foram a eletroquimioterapia e posteriormente uma cirurgia de excisão do neoplasma. O diagnóstico definitivo de neoplasias de células pouco diferenciadas é feito com o auxílio dos exames histopatológico e imunohistoquímico. Resultados: Ocorreu a coleta do material para o exame histopatológico, o qual mostrou fragmentos apresentando neoplasia maligna invadindo difusamente a submucosa e o tecido muscular adjacente. O diagnóstico definitivo foi de melanoma amelanótico. Após alguns meses, a paciente retornou com a queixa inicial de prostração, à análise física notou-se feridas na região onde houvera a excisão da neoplasia, levando a suspeita de uma possível recidiva tumoral. Solicitou-se uma nova radiografia de crânio, que apontou perda de densidade óssea no ramo mandibular direito, área onde havia, anteriormente, o melanoma. Após diagnóstico de confirmação e devido a complicações no quadro clínico do paciente, e o possível prognóstico desfavorável foi realizada a eutanásia. Conclusão: Por ser extremamente raro na cavidade oral de felinos, os dados quanto à predisposição de melanoma nessa espécie são escassos, portanto, o presente relato corrobora para novos estudos quanto à patogenia e comportamento desse tipo de neoplasia.