z-logo
open-access-imgOpen Access
ERLIQUIOSE CANINA NA SERRA GAÚCHA - RELATO DE CASO
Author(s) -
Caroline Fussieger,
Ketlin Mocelin Chies,
Alice Weiss,
Guilherme Piovezani Ramos,
Antonella Souza Mattei
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso on-line nacional de clínica veterinária de pequenos animais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/1901
Subject(s) - microbiology and biotechnology , chemistry , biology
Introdução: A erliquiose canina é causada por uma bactéria intracelular transmitida por carrapatos, podendo apresentar-se de forma aguda, subclínica e crônica. Objetivo: Objetivou-se descrever um caso de erliquiose canina na região da serra do Rio Grande do Sul, devido à baixa incidência da patologia nesta localidade. Materiais e métodos: Foi atendido em uma clínica veterinária particular em Bento Gonçalves/RS um canino macho, da raça Shih-Tzu, com 6 anos de idade, orquiectomizado e com protocolo vacinal adequado, porém com controle antiparasitário desatualizado. O tutor relatou que o animal apresentou episódios de êmese, anorexia e prostração há um dia. Ao exame clínico, constatou-se apenas mucosas hipocoradas, com demais parâmetros fisiológicos dentro da normalidade para a espécie. Não foi observada presença de ectoparasitas no animal. Coletou-se sangue para avaliação de hemograma e dosagem bioquímica, com nitrogênio ureico, creatinina, alanina aminotransferase, fosfatase alcalina e glicose, além da pesquisa de hemocitozoários. Resultados: No hemograma observou-se anemia normocítica e normocrômica com características de regeneração, presença de aglutinação persistente em solução salina e trombocitopenia. No leucograma havia uma leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda, linfopenia e presença de neutrófilos tóxicos hipossegmentados. Na bioquímica sérica observou-se hiperproteinemia, aumento da fosfatase alcalina e hiperglicemia. A pesquisa de hemoparasita foi realizada pelo método direto em lâmina de microscopia, sendo negativa, foi solicitada análise molecular através da técnica de RT-PCR. Assim, optou-se pela internação e tratamento sintomático do paciente, sendo prescrito fluidoterapia endovenosa com ringer lactato (taxa de 20mL/h), dexametasona (0,5mg/kg via endovenosa, a cada 24h), enrofloxacina (5mg/kg via subcutânea, a cada 12h), ondansentrona (0,3 mg/kg via endovenosa, a cada 12h) e citrato de maropitant (1mg/kg via subcutânea, a cada 24h) durante 4 dias. O paciente não apresentou melhora clínica, ocorrendo óbito 3 dias após o atendimento, entretanto, o tutor não autorizou a necropsia. O exame molecular identificou Ehrlichia spp., porém, o laudo foi recebido após o óbito do paciente. Conclusão: A demora em estabelecer o diagnóstico definitivo aliado aos sinais clínicos inespecíficos e agudos contribuíram para o insucesso do tratamento. Assim, destaca-se a importância da descrição de casos para epidemiologia da erliquiose na região da serra gaúcha.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here