ATOPIA EM FELINO ATENDIDO NO HOSPITAL VETERINÁRIO METRÓPOLE – RELATO DE CASO

Introdução - A síndrome atópica felina ocorre quando um felino apresenta reações positivas, prurido recorrente, a uma gama de alérgenos ambientais, com a exclusão de outras causas como infecções e parasitas. Por não comprovar a influência do IgE, a atopia em gatos é menos diagnosticada do que em cães. Objetivo – notificar a ocorrência de dermatite atópica em felinos e dar bases para trabalhos científicos e protocolos médicos. Meterial e métodos – o relato baseia-se no acompanhamento clínico durante um ano (2020 a 2021) e resultados laboratoriais de um felino fêmea de nome Kate Corrêa, com 4,300kg e 2 anos de idade, atendido em um hospital particular em Ananindeua, Pará. Relato – o animal foi atendido pela primeira vez com 1 ano de idade, com queixa de prurido intenso mesmo após a utilização de antiparasitário à base de selamectina, apresentando crostas em orelha e cabeça, e arranhaduras pelo corpo. Foi realizado exames laboratoriais de hemograma, raspado cutâneo e cultura fúngica, em que obteve-se apenas intensa eosinofilia. O animal foi receitado com cefalexina 75mg, BID, por 10 dias; predinisolona 5mg, SID, por 5 dias; e xampu a base de cetoconazol. O animal apresentou melhora durante um tempo, porém, após 7 meses, retornou ao hospital com a mesma queixa e então os exames antes solicitados foram repetidos e obtiveram os mesmos parâmetros, apenas eosinofilia. Assim, o animal iniciou tratamento com hidroxizina 25mg, BID, por 3 meses; ômega 500mg, SID, uso contínuo; dieta alimentar a base de ração hipoalergênica. O animal apresentou interessante melhora do quadro. Conclusão – embora não vista com frequência em felinos, a síndrome atópica vista é semelhante a estuda com maior afinco em caninos e ainda apresenta a hipersensibilidade alimentar como um grande fator desencadeador das crises alérgicas.