
EFUSÃO PLEURAL EM CÃES COM SÍNDROME DA VEIA CAVA PARASITADOS POR DIROFILARIA IMMITIS
Author(s) -
Gabriela Reis Xavier,
G Pinto,
Ivina De Almeida Freitas,
Míriam Nogueira Teixeira
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso on-line nacional de clínica veterinária de pequenos animais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/1842
Subject(s) - microbiology and biotechnology , humanities , medicine , biology , art
Introdução: A dirofilariose é uma doença parasitária causada pelo agente etiológico Dirofilaria immitis, que tem como hospedeiro final os cães que são infectados após a picadura de vetores, sendo estes os mosquitos dos gêneros Aedes, Anopheles e Culex. Esse parasito é potencialmente fatal, pois os vermes possuem afinidade pelas artérias pulmonares, causando doença cardiorrespiratória grave nos animais. A presença desses parasitos no coração direito leva a insuficiência cardíaca direita, ocasionando os típicos sinais clínicos de dispneia, tosse, fadiga, perda de peso e intolerância ao esforço físico. As alterações vasculares evoluem de acordo com carga parasitária, no qual é iniciado as manifestações mais graves da doença, desenvolvendo a síndrome da veia cava e, por consequência, o aparecimento da efusão pleural. Objetivo: Correlacionar a presença dos vermes nas artérias pulmonares com o desenvolvimento da síndrome da veia cava e o mecanismo de formação da efusão pleural. Materiais e métodos: A Realização da pesquisa foi desenvolvida com base em literaturas e em plataformas cientificas como Pubvet®, SciELO e Google Acadêmico (Scholar), utilizando os seguintes descritores: dirofilariose, síndrome da veia cava e efusões pleurais. Resultados: A pesquisa demonstrou que cães portadores de dirofilariose desenvolvem a síndrome clínica conforme a sua carga parasitária. A alta carga parasitária estimula o desenvolvimento da síndrome da veia cava, causada pelo movimento retrógado dos parasitos, obstruindo o fluxo sanguíneo para o coração direito e regurgitação da tricúspide diminuindo o retorno venoso. O retorno sanguíneo aumenta a pressão sanguínea da veia cava tendenciando a saída do líquido do meio intravascular para o meio extravascular, ocasionando o acúmulo do líquido na cavidade pleural. Além da efusão pleural, pode haver congestão hepática e ascite. A efusão pleural resulta nos sinais clínicos de taquipneia ou dispneia, dificultando a hematose, consequentemente causando hipóxia, sendo a causa mortis em diversos casos. Conclusão: É importante elucidar a relação entre o surgimento da síndrome da veia cava, da formação de efusões cavitarias e da parasitose por Dirofilária immitis, a fim de facilitar e direcionar o tratamento, manejo e prevenção devido seu grande potencial fatal nas populações de caninos.