
INTOXICAÇÃO POR IVERMECTINA EM FELINO PARA TRATAMENTO DE LYNXACARUS RADOVSKYI
Author(s) -
William Franklim da Silva Alves,
Elyne Patricia Artiaga Santiago Burlamaqui,
Lya Cristine Konno De Souza,
Márcia De Fátima Mesquita De Janete Figueiredo,
Raphaeli Crhistini Vale Da Silva
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso on-line nacional de clínica veterinária de pequenos animais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/1831
Subject(s) - medicine , physics , microbiology and biotechnology , biology
Introdução: Ivermectina é um antiparasitário eficaz no tratamento para linxacariose e comumente relatado causando intoxicação em felinos pelo fácil acesso e baixo custo. Lynxacarus radovskyi é um ácaro sarcoptiforme que geralmente adere ao terço distal da haste pilosa e pode causar prurido em grau variado. Objetivos: O objetivo desse trabalho é relatar a ocorrência de intoxicação por ivermectina para tratamento de linxacariose em felino doméstico mantido no Biotério Canil e Gatil da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém, Pará. Materiais e Métodos: gato, macho, 3 meses de idade, pesando 950 g, sem padrão racial definido, apresentou ataxia, mioclonia, hipotermia, reflexo pupilar lento e hematoquezia, aproximadamente 20h após administração via oral de ivermectina, em dose 10 vezes acima do que foi preconizado para o peso do animal. Foi atendido no Hospital Veterinário Prof. Mário Dias Teixeira, da UFRA, para tratamento de suporte com dexametasona via subcutânea e fluidoterapia via intravenosa, sendo prescrito prednisolona via oral, BID por 3 dias, SID por 3 dias e 2 doses a cada 48h. Resultados: Os sinais clínicos foram observados até 24 horas após o atendimento, com melhora perceptível do quadro. Em exame ultrassonográfico realizado 8 dias antes do quadro de intoxicação, foi notada hepatomegalia leve. No retorno, 14 dias após a intoxicação, foram realizados hemograma e bioquímico, os quais evidenciaram alterações em ureia (78 mg/dL) e fosfatase alcalina (863 U/L), e foi constatada resolução do quadro de linxacariose. Vinte (20) dias após o atendimento médico, o animal apresentou episódios esporádicos de incoordenação em grau leve e crise convulsiva. Conclusão: O diagnóstico de intoxicação por ivermectina foi baseado no histórico e sinais clínicos. Apesar do uso comum de ivermectina para tratamento de afecções dermatológicas, esse fármaco deve ser utilizado com cautela, sob risco de intoxicação em felinos.