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INTOXICAÇÃO POR FIPRONIL EM FELINO – RELATO DE CASO
Author(s) -
Alessandro Henrique Nascimento,
Aymi Isabela Domingues,
Julia Vaz Feio,
Michelly Vila Nova De Vasconcelos,
William Franklim Da Silva Alves
Publication year - 2021
Publication title -
anais do i congresso on-line nacional de clínica veterinária de pequenos animais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/1830
Subject(s) - physics , gynecology , humanities , philosophy , medicine
Introdução – A automedicação praticada por tutores em seus animais configura uma das maiores casuísticas de intoxicação em cães e gatos. Os ectoparasiticidas estão descritos como uma das classes mais utilizadas sem receita prévia, entre anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos. O fipronil, pesticida da classe fenilpirazol, age especificamente sistema nervoso central, causando paralisias, convulsões e morte do inseto. Em uma de suas apresentações comerciais, o Topline®, o uso é recomendado em bula apenas para bovinos de corte. Objetivo – Noticiar intoxicação por uso do fármaco em questão em espécie não estudada, informar sobre os sinais clínicos que podem ser visualizados e condutas médicas a serem tomadas. Material e Métodos – O relato baseia-se no atendimento emergencial de um felino, fêmea, de nome Charlote Lopes, com 3 meses de idade e 0,95kg, realizado no Hospital Veterinário Metrópole, em Ananindeua – Pará, no dia 16 de outubro de 2020. Relato – O animal foi atendido pela primeira vez às 12h, com queixa de prurido intenso e apresentando algumas crostas pela pele. Foram receitados anti-histamínico, xampu a base de clorexidina e ectoparasiticida a base de selamectina a 6%. Às 19h do mesmo dia, o animal retornou para atendimento após tutores fazerem medicação indicada por atendente em casa agropecuária, o Topline®, apresentando intensa sialorreia, alucinações, agressividade, mioclonias e taquicardia, e a pelagem estava coberta por produto de coloração rosa. Foi realizada a retirada física do produto, administração de dexametasona 0,5mg/kg, furosemida 3mg/kg, carvão ativado 12mL/kg e atropina 0,2mg/kg, com repetição após 30 minutos até cessar as mioclonias. O felino obteve melhora clínica e seus tutores optaram por fazer a retirada do atendimento sem a realização de exames e sem alta médica. Foi receitado tratamento de suporte para casa, com protetor hepático, suplemento vitamínico e glicocorticoide por mais um dia. Conclusão – Os relatos de intoxicação relacionados ao fipronil são raros, mais documentados em humanos e ratos. São necessários estudos para avaliação de sequelas neurológicas e comprometimento sistêmico causados nos animais acometidos. Além disso, ressalta-se a importância do seguimento das receitas prescritas por profissionais da área e a fiscalização de estabelecimentos que pratiquem a recomendações de medicações por quaisquer funcionários.

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