
A EXPERIÊNCIA FEMINISTA NO FAZER CIENTÍFICO DA PSICOLOGIA
Author(s) -
Alice Ribeiro Sarmet Moreira Smiderle
Publication year - 2021
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/1671
Subject(s) - humanities , sociology , philosophy
Introdução: A história da mulher ocidental sempre foi observada e produzida, sua fertilidade foi sendo valorizada ou preterida, mas acima de tudo vigiada e administrada. Por muitos anos diversas mulheres foram e são silenciadas dentro e fora da academia, sendo a ciência uma forma de representação de poder. Sendo a psicologia uma ferramenta resistência, entender a importância da experiência científica do movimento feminista se mostra importante para a ruptura de paradigmas anteriormente dados como universais. Objetivos: O objetivo deste trabalho é compreender como as teorias feministas contribuem para a psicologia enquanto ciência e profissão. Também será discutido sobre o papel da psicologia no feminismo, entendendo que a atuação profissional do psicólogo vai além do consultório, dando vida ao fazer científico, colocando o que está escrito na prática e promovendo debates em diferentes espaços, não só espaços acadêmicos e profissionais. Material e Métodos: Para responder a questão de pesquisa, foi adotada uma pesquisa qualitativa com analise teórico conceitual a partir de um levantamento bibliográfico. Resultados: Os resultados apontam que o fazer científico feminista se mostra fundamental, uma vez que o feminismo trafega no cotidiano micro e macro das mulheres, buscando agir de forma ativa como movimento social, intelectual, político e metodológico. Ademais, é possível compreender que além de acolhimento e escuta, a psicologia precisa estar ativa no movimento feminista em diferentes contextos e de diferentes formas, buscando ir além da academia. Conclusão: Sem intenção de findar o questionamento levantado, conclui-se que é urgente a colocação ativa feminista frente à ciência, além de dar voz às mulheres no que tange a conquista de espaços públicos, buscando a emancipação feminina no rompimento de espaços antigos e construção de novos espaços. A psicologia se faz importante nesse contexto no sentido de colaborar cada vez mais com a luta, colocando em pauta temáticas que foram silenciadas por muitos anos.