CÂNCER DE PRÓSTATA: OS ESTIGMAS RELACIONADOS E SUA INTERFERÊNCIA NO PROCESSO DE PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO PRECOCE

Introdução: O câncer de próstata é o tipo de neoplasia mais presente entre a população masculina, atingindo cerca de 65 mil brasileiros por ano e sendo responsável por 13,6 mortes para cada 100 mil homens. Pode ser detectado logo no início, sendo fundamental o rastreamento regular através do exame do toque retal (ETR) e a dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA), principalmente a partir dos 45 anos de idade. Embora os dados sejam alarmantes, as barreiras socioculturais e estigmas relacionados a realização do exame de próstata interferem na saúde do homem, evidenciando uma rejeição em relação ao exame e comprometendo a prevenção e seu diagnóstico precoce. Objetivo: Compreender e analisar os estigmas e preconceitos atribuídos ao exame preventivo de câncer de próstata, bem como a repercussão dos homens a respeito, e sua relação com a alta taxa de rejeição. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura científica. Foram utilizados para o presente resumo literatura científica selecionada criteriosamente com relevância para o trabalho. O material de leitura e análise foi estudado a partir da técnica de conteúdo temática. Resultados: Os estudos revisados apontam uma crença por parte da maioria dos homens de que o exame de toque retal compromete a masculinidade, sendo associado a uma situação constrangedora e de violação, tanto física quanto psicológica, de estar sendo tocado em uma parte interdita. Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) demonstrou que somente 32% dos entrevistados realizavam o exame, evidenciando uma alta taxa de rejeição atribuída principalmente ao preconceito. Conclusão: A influência dos estigmas a respeito do rastreamento para o câncer de próstata pode inibir e constranger o homem, representando uma barreira que deve ser ultrapassada para que a incidência e mortalidade do câncer de próstata diminuam.