Open AccessOCORRÊNCIA DE NEUROCISTICERCOSE DECORRENTE DE INFECÇÃO PELO PARASITA TAENIA SOLIUM
Author(s) -
Ivamara De Morais Silva,
Lara Victória Pinheiro,
Fernanda Bruna De Medeiros Freire,
Tâmira Carminda Thomás De Araújo Figueiredo,
Vinícius Dutra Campelo
Publication year - 2021
Publication title -
anais do ii congresso brasileiro de saúde on-line
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/1506
Subject(s) - taenia solium , biology , humanities , microbiology and biotechnology , zoology , philosophy , cysticercosis
Introdução: A neurocisticercose (NCC) consiste numa infecção ocasionada pela forma cística da tênia do porco, o helminto Taenia solium, cujos cisticercos (forma larval) podem se alojar em qualquer área do sistema nervoso central (SNC) do ser humano, levando a forma mais grave do complexo teníase/cisticercose, que está entre as principais doenças tropicais negligenciadas (DTN). Além da natureza multifatorial, a NCC se dissemina principalmente por meio da ingestão acidental de ovos do parasita em alimentos e água contaminados, além da autoinfecção em portadores da teníase. Logo, esse conjunto de fatores transforma a NCC em uma séria questão de saúde coletiva. Objetivos: Analisar o desenvolvimento das manifestações clínicas em pacientes diagnosticados com neurocisticercose em decorrência de infecção pela forma cística do parasita T. solium. Material e Métodos: Através da análise bibliográfica da literatura disponível, artigos publicados entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2020 foram selecionados, utilizando as plataformas PUBMED, WEB OF SCIENCE, SCIELO e PERIÓDICOS CAPES como bases de dados, aplicando os descritores “Neurocisticercose”, “Taenia solium”, em inglês e português, operando critérios de inclusão e exclusão para seleção dos artigos utilizados. Resultados: A NCC desenvolve-se após a ingestão de ovos de T. solium, que em seguida eclodem e originam oncosferas (estágio larval) capazes de penetrar na parede intestinal. Logo após, os parasitos caem na corrente sanguínea, podendo a atingir vários órgãos distintos, assumindo assim a forma de cisticercos. Contudo, quando esse parasito alcança o SNC, a forma de cisticerco vesicular é mantida por um período de tempo que pode chegar a anos, o que leva a quadros inflamatórios discretos pelo mesmo intervalo temporal. Caso em um segundo momento uma resposta imune seja desencadeada, o cisticerco degenera-se e os sinais e sintomas da NCC manifestam-se, como convulsões e aumento da pressão intracraniana. Conclusão: A NCC consiste em uma condição parasitária multifatorial, resultante da infecção pela T. solium, a qual, em sua forma larvária, é responsável por desencadear diferentes apresentações clínicas severas. Em virtude disso, faz-se necessário ações da prevenção primária a terciária para prevenir e combater o avanço dos casos de NCC, bem como de outras teníases.