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LGBTQIA+ EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19: VULNERABILIDADES SOCIAIS E LGBTFÓBICAS
Author(s) -
Wanderley Gomes de Oliveira
Publication year - 2021
Publication title -
anais do ii congresso brasileiro de saúde on-line
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/rems/1401
Subject(s) - covid-19 , humanities , philosophy , medicine , disease , pathology , infectious disease (medical specialty)
Introdução: a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Queer, Interssexuais e Assexuados (LGBTQIA+) historicamente é alvo de preconceitos. Dessa forma, a pandemia da Covid-19 “descortinou” as vulnerabilidades sofridas por esta população, tais como trabalho e renda, saúde mental, direito à vida e falta de apoio social. Objetivo: averiguar vulnerabilidades comuns à população LGBTQIA+ diante da pandemia da Covid-19 no Brasil. Metodologia: trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura de cunho narrativo, através de um recorte de uma pesquisa realizada, em 2020, pelo coletivo #VoteLGBT. Cerca de 9.521 pessoas LGBT's, das 5 regiões brasileiras, participaram da pesquisa, que foi conduzida de maneira virtual, em função do isolamento social imposto pela pandemia. Resultados: o coletivo #VoteLGBT busca aumentar a representatividade de LGBT's em todos os espaços, principalmente na política. E suas pesquisas visam expor um conjunto de dados provenientes dos impactos da pandemia da Covid-19, bem como as dificuldades da comunidade LGBTQIA+. Os 3 principais impactos foram: piora na saúde mental, afastamento da rede de apoio, e falta de fonte de renda. Nesta pesquisa, 42,72% dos entrevistados relataram problemas com a saúde mental, aliado a isto, 54% das pessoas LGBTQIA+ afirmaram precisar de apoio psicológico; 16% é sobre o impedimento ao acesso da população LGBTQIA+ às redes de apoio e deixaram a comunidade exposta a cenários de vulnerabilidade; 44,3% das pessoas LGBTQIA+ tiveram suas atividades totalmente suspensas neste período de pandemia. Neste sentido, 10,6% dos entrevistados disseram que a falta de dinheiro é o maior impacto da pandemia, e 7% afirmaram estar desempregados. Conclusão: A pandemia age descortinando opressões que já estavam historicamente presentes: a ampliação do estigma destinado a população LGBTQIA+, as opressões cisheteronormativas e diferentes formas de preconceito e discriminação. Essas são as condutas que levam os impactos sociais e estruturais na vida e nos corpos destes sujeitos. Perceber os impactos da pandemia para a saúde mental da população LGBTQIA+ e entender as origens e mecanismos de perpetuação da LGBTfobia é o primeiro passo para combatê-las, fazendo uma reflexão crucial, viabilizando reconhecer que vivemos em um mundo de opressões, que nega direitos e extermina pessoas.

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