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ALTERAÇÕES NA BOLSA GUTURAL (DIVERTÍCULO DA TUBA AUDITIVA) EM EQUINOS
Author(s) -
Jéssica Lima de Moura,
Micheline Amorim Lucindo
Publication year - 2022
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/granvet-33
Subject(s) - humanities , art , physics
Introdução: A bolsa gutural é uma estrutura exclusiva dos equinos e comumente acometida por afecções como timpanismo, empiema e micose, devido ao seu relacionamento com os componentes anatômicos ao seu redor. Objetivos: Abordar a relação entre as principais alterações na bolsa gutural e as estruturas anatômicas vizinhas. Material e métodos: Revisão de literatura, utilizando bases de dados como Google Acadêmico e Scielo, além livros e atlas relacionados ao assunto abordado. Resultados: A bolsa gutural é um local com alta propensão para o desenvolvimento de doenças do trato respiratório superior, como timpanismo, empiema e micoses fúngicas. O empiema é caracterizado pelo acúmulo de material purulento emuma ou em ambas as bolsas; a micose é a infecção fúngica da parede da bolsa; e o timpanismo se refere à distensão gasosa da bolsa. As bolsas guturais encontram-se na parte caudal da cabeça do equino, margeando o colo, elas ficam ventrais ao crânio e dorsa is à faringe e ao esôfago. Outras relações anatômicas incluem diversos nervos e artérias craniais que se localizam diretamente contra a bolsa. As particularidades da bolsa gutural, assim como as afecções que a acometem, são diretamente ligadas às várias es truturas importantes que a cercam, incluindo faringe, laringe, esôfago, glândulas salivares parótidas e mandibulares e linfonodos retrofaríngeos. O timpanismo possivelmente ocorre no movimento de deglutição quando, durante a entrada e saída do ar, acontece uma disfunção do óstio-cartilaginoso que dá acesso às bolsas. O empiema pode ser desencadeado por processos de estruturas vizinhas, a exemplo de faringites, abscessos retrofaríngeos, sequela do garrotilho ou infecções crônicas no linfonodo retrofaríngeo. A micose da bolsa gutural, bastante comum em equinos, é consequência da erosão da artéria carótida interna, da artéria carótida externa ou das paredes das artérias maxilares, provocada por fungos. Conclusão: A fisiopatogenia das afecções do divertículo da tuba auditiva está diretamente relacionada às estruturas anatômicas que a circundam, devido a sua proximidade com elas. Por este motivo, os danos sofridos afetam com muita frequência a mastigação, deglutição e respiração dos equinos.