
DEFORMIDADES FLEXURAIS INDUZIDAS PELO TAMANHO E TEMPO DE GESTAÇAO DO PRODUTO EM RELAÇÃO A ÉGUA RECEPTORA
Author(s) -
Daniele de Sousa Melo Garcia,
Aracelle Rodrigues dos Santos,
Ricardo Alexandre Saraiva de Andrade Oliveira,
Eliene Porto Sad
Publication year - 2022
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/granvet-17
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: As deformidades flexurais congênitas em potros são alterações da orientação normal dos membros do animal e podem ser ocasionadas por diversos fatores, dentre eles um baixo aporte nutricional assim com um mau posicionamento intrauterino. Lesões de hiperflexão são as mais comuns de serem observadas, podendo acometer diferentes estruturas anatômicas. Objetivos: O objetivo deste trabalho é relatar o tratamento de um potro apresentando hiperflexão cárpica de ambos os membros anteriores. Material e métodos: Um médico veterinário foi chamado para fazer o atendimento de uma potra da raça mangalarga marchador, de aproximadamente 8 horas de nascida. Segundo o proprietário, a potra em questão não conseguia se manter em estação, havia sido rejeitada pela égua (barriga de aluguel), com escore corporal 3, após uma gestação prolongada (13 meses) de feto cujos pais são considerados grandes para a raça. Durante exame clínico, observou-se que o animal se apresentava hipotérmico, hiperglicêmico e com hiperflexão dos membros anteriores. Por falta de informações sobre o consumo do colostro, prontamente, fora administrado (IV) um plasma resultante da decantação da coleta do sangue materno e por via oral, uma solução contendo leite (bovino), água e glucose de milho. A taxa glicêmica aumentou de 56 mg/dl para 106 mg/dl 30min após a administração de 1L de Soro Ringer Lactato e 20ml de solução de glicose a 50%. Para auxiliar na liberação do mecônio, estimular a peristalse e expulsão de líquidos pulmonares, foi administrado 20 ml/VO (10gr) de acetilcisteína a cada duas horas. Resultados: Durante as primeiras 24 horas em que a potra ficou em observação, o veterinário a cada uma hora, auxiliava o animal a se levantar, para se alimentar através de mamadeira própria, promovendo um exercício controlado. Com pouco mais de 36 horas o equino já era capaz de se levantar e locomover em curtas distâncias por conta própria. Conclusão: Acredita-se que o tempo de nascimento excedido, assim como o baixo aporte nutricional da égua pode ter influenciado no desenvolvimento do desvio angular dos membros anteriores do potro. E que o suporte nutricional, junto com um exercício controlado podem ser eficazes em animais com desvios flexurais leves.