
OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA EM UM CÃO ALVEJADO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO– RELATO DE CASO
Author(s) -
Sara Marin Aubel,
Mariana Wilhelm Magnabosco,
Tiago Trindade Dias,
Vitória Ramos de Freitas,
P Vives
Publication year - 2022
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/granvet-08
Subject(s) - ulna , medicine , orthodontics , nuclear medicine , surgery
Introdução: As fraturas de rádio e ulna são consideradas de terceira maior ocorrência em cães, com uma incidência de 8,5% até 10,7% em cães e gatos. As causas são variáveis, podendo ser por acidentes automobilísticos ou por arma de fogo e quedas quando relacionados a animais menores. Objetivo: Relatar o tratamento clínico e cirúrgico em um cão com fratura de rádio e ulna após acidente com arma de fogo. Relato de Caso: Foi encaminhado ao Hospital de Clínicas Veterinária da Universidade Federal de Pelotas, um cão, macho, com cinco anos, pesando 25,5 quilos, da raça Pitbull. No exame clínico, apresentava parâmetros dentro dos fisiológicos, impotência funcional do membro torácico direito e lesão aberta e contaminada em região correspondente a diáfise radial. O exame radiográfico prévio a consulta revelou fratura cominutiva em diáfise radioulnar e alguns artefatos metálicos sugestivos de lesão por arma de fogo. Após preparo de rotina o paciente foi encaminhado ao bloco cirúrgico. De forma fechada, foram posicionados dois pinos de Steinmann de 3,5 mm, percutâneos lateromedialmente de forma obliqua entre si proximal à linha de fratura e um pino de Schanz de 2,5 milímetros, sendo repetida a técnica distalmente a fratura. Após a inserção, as extremidades dos pinos foram curvadas, conectadas e fixadas por meio da resina de metilmetacrilato, formando um fixador esquelético externo tipo II. O tratamento no pós-operatório baseou-se em antimicrobianos, anti-inflamatórios e analgésicos durante cinco dias. A escolha da técnica se deu pela fratura ser aberta, cominutiva e contaminada, estimulando a osteossíntesebiológica e facilitando a higienização. Durante os acompanhamentos radiográficos no pós-cirúrgico, foi observado a presença de osteomielite, sendo prescrito Clindamicina 300mg BID durante 28 dias. Resultado: Houve consolidação óssea, regressão da osteomielite e remoção do fixador externo após 67 dias de pós-operatório. O paciente apresentou apoio do membro afetado e cicatrização completa por segunda intensão das lesões abertas. Conclusão: O método de fixador esquelético externo tipo II associado ao tratamento clínico foi eficiente para o tratamento da fratura diafisária aberta e contaminada de rádio e ulna no cão em questão.