PERFIL DE TRAUMAS POR ACIDENTE MOTOCICLÍSTICO NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Introdução: A saúde pública mundial tem observado um crescente número de acidentes de trânsito todos os anos, deixando milhares de mortos e milhões de pessoas com alguma incapacidade. O Brasil possui uma frota de 15 milhões de motocicletas, e a Região Nordeste se destaca com alta morbimortalidade nos acidentes motociclísticos. Objetivos: Caracterizar as vítimas decorrentes de trauma por acidentes de motocicleta, identificando fatores envolvidos. Material e métodos: O estudo consistiu em uma revisão de literatura integrativa, realizada entre agosto e novembro de 2021, com artigos científicos eletrônicos, expostos nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde-BVS e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde-LILACS. No direcionamento da pesquisa, foram utilizados três descritores: “Acidente motocicleta”, “Motocicleta” e “Trauma”, que isoladamente ou em associação, evidenciaram 49 estudos relacionados com a temática em foco. Utilizou-se como critérios de inclusão apenas os estudos feitos na Região Nordeste do país, totalizando 21 trabalhos. Resultados: Na pesquisa observouse que o principal envolvido no acidente era o condutor da motocicleta (de 77 a 90% dos estudos), a maioria do sexo masculino, solteiros, com idade de 18 a 35 anos e renda de até 3 salários-mínimos. Nos estudos realizados em grandes cidades, a maioria fazia uso do capacete (de 65 a 90% das pesquisas), a maior parte possuía Carteira Nacional de Habilitação-CNH e não havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente. Porém, situações inversas foram encontradas nas cidades com menos de 200 mil habitantes. Algum tipo de sequela afetou 14,8% das vítimas. Conclusão: Os acidentes por moto no nordeste brasileiro nos chamam atenção para a dimensão da população atingida e a gama de possíveis sequelas geradas, o que mobilizará uma ampla estratégia de saúde pública, com abordagem multiprofissional.