A VIDA DOS LOUCOS OU OS LOUCOS PELA VIDA: A NOVA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA NO ÂMBITO DA SAÚDE MENTAL

Introdução: A loucura durante muito tempo foi evidenciada como matéria prima principal da psicologia. No entanto, percebemos que o homem em sua subjetividade, busca equilibro de suas emoções, pensamentos e comportamentos, sofrendo influências de culturas, costumes, religiões, economias, políticas e diversos rituais sociais. A partir do despertar dos trabalhadores em saúde mental é que surge a Reforma Psiquiátrica Brasileira na perspectiva de superar o modelo manicomial, buscando levar ao portador de sofrimento psíquico uma forma mais humana de tratamento, ou seja, viabilizando este a ser um sujeito biopsicossocial. Objetivo: Destacar as ações da psicologia dentro do atual modelo de atenção em saúde mental. Material e métodos: Pesquisa exploratória evocando conceitos sobre a história da Reforma Psiquiátrica Brasileira e suas consequências até chegarmos ao modelo atual exercido pela psicologia. Considerou-se, então, informações da literatura cientifica a partir da compilação de trabalhos publicados em revistas, livros e pesquisas institucionais. Resultados: Com o fim da trajetória sanitarista, demarcada pela I Conferência Nacional de Saúde Mental, os manicômios foram substituídos pelos Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), posteriormente, Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS). Uma forma de dividir responsabilidades com as famílias daqueles que sofriam doenças/transtornos mentais. Assim, o percurso da reforma psiquiátrica passa a ser olhado de maneira diferenciada, entrando em campo a interdisciplinaridade de saberes e práticas, reconfigurando simbolicamente a história da loucura e o estigma que a acompanhava por séculos. O psicólogo então, ao lado de outros profissionais passa integrar o novo modelo (entre os anos 1970 e 1990). Hoje, a atuação do psicólogo é centrada na promoção da saúde e prevenção de doença, assim como nos serviços clínicos a pessoas saudáveis ou doentes e em pesquisa e ensino. Conclusão: Cabe aos psicólogos, neste contexto, expandir suas práticas, acrescentando atividades referentes à promoção de saúde, agrupando a seus objetivos, dados sobre o funcionamento das instituições, desempenhando projeto de programas conforme demandas da população, colaborando e adquirindo saberes de outros profissionais. Contudo, considera-se extremamente importante a constituição e concretização do lugar do psicólogo nos serviços públicos, possibilitando a abertura de espaços para repensar a prática profissional na área de assistência em saúde mental.