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EFEITOS ADVERSOS DA ANFOTERICINA B CONTRAPONDO- SE À ADESÃO AO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR
Author(s) -
Gizele Alves da Silva,
Eduardo Almeida de Souza Minuzzo,
Gizele Alves da Silva,
Renata de Santana Lima,
Kallyto Amorim Costa,
Christovam Abdalla Neto
Publication year - 2022
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/conbrapah/28
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: A leishmaniose tegumentar americana e uma doença infecciosa que acomete a pele e as mucosas do nariz, da boca, da faringe e da laringe. É causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida por insetos conhecidos genericamente como flebotomíneos. Objetivo: Relatar o caso de um paciente reinfectado por leishmaniose tegumentar em tratamento com anfotericina B, que apresentou reações adversas: edema em face, membros inferiores, dor em hipocôndrio direito, ganho de peso, febre esporádica, poliúria, alteração da coloração da urina e obstrução nasal. A partir das informações supracitadas, este estudo tem por escopo analisar a influência das reações adversas na adesão ao tratamento. Materiais e métodos: Paciente do sexo masculino, 46 anos de idade, natural de Redenção – PA, garimpeiro, compareceu ao Centro de Especialidades e Reabilitação, com queixa de “reação ao medicamento para leish”. O mesmo foi diagnosticado com leishmaniose tegumentar em 2019 e realizou tratamento com antimoniato de N-metilglucamina. Resultados: Em setembro de 2020 apresentou reinfecção, iniciando o tratamento com Anfotericina B em maio de 2021 e no atendimento informou que estava na 19ª dose do tratamento, porém cursando com edema em face e membros inferiores. Relata que após o início do tratamento teve ganho de peso, febre esporádica, poliúria, alteração da coloração da urina. Exame físico evidenciou eritema em mucosa nasal e lesão cicatricial sugestiva de leishmaniose tegumentar em mucosa labial, fígado palpável a 3 cm do rebordo costal com dor a palpação. Tais alterações levaram à suspensão da medicação. Conclusão: A adesão ao tratamento da leishmaniose com anfotericina B é fortemente influenciada pelos efeitos adversos. Podem surgir durante o processo terapêutico: hepatotoxicidade, insuficiência renal e/ou cardíaca, dispepsia, febre, dentre outros. Somado a isto, a relação médico- paciente, grau de escolaridade, causas estruturais e políticas públicas deficitárias implicam de forma direta no alto índice de abandono do tratamento. Nessa linha de raciocínio, ratifica-se que os efeitos adversos do medicamento interferem de forma negativa à adesão ao tratamento e, consequentemente, à cura, podendo levar ao surgimento de deformações e incapacitações.

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