ANÁLISE METABOLÔMICA E A BUSCA POR BIOMARCADORES SANGUÍNEOS DA DOENÇA DE PARKINSON: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é a segunda desordem neurodegenerativa mais frequente no mundo e caracteriza-se pela deposição anormal da proteína alfa sinucleína no tecido neuronal originando os Corpos de Lewy, é inter-relacionada às vias inflamatórias e de estresse oxidativo. A metabolômica compõe as ciências ômicas e estuda especificamente as alterações dos metabólitos em uma amostra biológica, ela se mostra uma ferramenta importante na pesquisa de doenças, especialmente para descoberta de biomarcadores associados (moléculas que podem ser quantificadas e identificadas para serem usadas no diagnóstico e prognóstico de doenças e seus tratamentos), além de ampliar o entendimento dos mecanismos patológicos de doenças complexas. Objetivos: Realizar um levantamento bibliográfico sobre o uso das análises metabolômicas na busca de biomarcadores sanguíneos da Doença de Parkinson. Material e métodos: Foram utilizados os descritores Doença de Parkinson, metabolômica, biomarcadores, sangue e busca na base de dados Pubmed, no período de 2011 a 2021. Resultado: Ao inserir os descritores “Doença de Parkinson”, “metabolômica”, “biomarcadores” e “sangue” na base de dados Pubmed são exibidos 54 resultados de 2011 a 2021. Analisando os dados disponíveis na literatura, os principais biomarcadores sanguíneos estudados em relação à DP são aqueles associados ao estresse oxidativo como: 8-OHdG (8-Hydroxy-2-Deoxyguanosine) e elementos do metabolismo do ferro; aproteína alfa-sinucleína; aqueles associados à dopamina como: o receptor de dopamina eotransportador de dopamina; metabólitos como lactato e N-acetilaspartato/creatina emicroRNAs, sendo que esse último apresentou uma predição de 90% de sensibilidadediagnóstica e ao associar à alfa-sinucleína o painel baseado em miRNAs melhorasignificativamente. Conclusão: O sucesso da triagem da Doença de Parkinson vaidepender da inovação, apesar de vários possíveis biomarcadores descritos na literatura,eles ainda estão em fase de investigação. Assim, o uso da metabolômica se faz necessáriocomo uma ferramenta que melhore as buscas por biomarcadores que sejam viáveis deserem usados como método diagnóstico nos estágios iniciais da doença no futuro.