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TESTAGEM E DIAGNÓSTICOS DE TUBERCULOSE EM UM HOSPITAL ESTADUAL EM RECIFE ANTES E DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
Author(s) -
Alessandro Uono Sanchez,
Afonso Miguel De Souza Silva,
Benjamin Martinuzo Filetti,
Isabella De Almeida Leite de Souza,
Jailton Lobo da Costa LIma
Publication year - 2022
Language(s) - Portuguese
Resource type - Conference proceedings
DOI - 10.51161/conbesp/34
Subject(s) - humanities , medicine , philosophy
Introdução: A tuberculose é uma doença infectocontagiosa transmitida por partículas presentes no ar em forma de aerossóis contendo bacilos, oriundos das vias aéreas de pessoas portadoras da doença em sua forma ativa. Ela é ocasionada por microrganismos do complexo Mycobacterium tuberculosis. Seu diagnóstico é realizado através de exames como a baciloscopia direta do escarro e o teste rápido molecular para tuberculose. Esses exames são fundamentais na detecção precoce de tuberculose, garantindo um melhor prognóstico ao paciente e diminuindo a transmissibilidade. Muitas nações empregaram esforços na tentativa de erradicação dessa doença, esforços esses que vinham reduzindo o número de casos da infecção. Contudo, em dezembro de 2019, na cidade de WuhanChina, surgiu uma nova infecção respiratória, a COVID-19, que rapidamente emergiu como uma pandemia. Como resposta a essa enfermidade, surgiram mudanças nas formas de interações sociais e hábitos de vida. Outrossim, ocorreu, concomitantemente, o comprometimento do progresso global ao combate da tuberculose, sobretudo devido ao manejo de grande parte dos recursos dos serviços de saúde para o combate à COVID-19. Objetivos: Analisa-se no trabalho a prevalência de casos positivos de tuberculose no período pré-pandemia e durante a pandemia. Material e métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo onde foram analisadas 8037 amostras submetidas a baciloscopia para pesquisa de bacilo de Koch, em um hospital terciário referência no diagnóstico e tratamento da tuberculose na região metropolitana de Recife, no período de janeiro de 2018 até novembro de 2021. Resultado: Observou-se uma queda de indicações e diagnósticos positivos no início da pandemia, sobretudo em maio e junho de 2020, quando diminuiu-se, respectivamente, 73% e 59% as coletas e 70% e 41% os diagnósticos positivos, comparando-se ao mês de março, anterior a declaração de transmissão comunitária no país. Nos meses de outubro e novembro de 2021 foi apresentado o maior número de diagnósticos positivos da doença, com valores, respectivamente 112% e 96% maiores que a média do período analisado. Conclusão: Evidencia-se nos primeiros meses da pandemia um retrocesso no combate à tuberculose. Ademais, nos últimos meses de 2021 da amostra houve um recorde de amostras positivas, indicando um possível recrudescimento da tuberculose durante a pandemia.

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