
<b> Wout, raketè, fwontyè, anpil mizè: reflexões sobre os limites da alteridade em relação à imigração haitiana para o Brasil </b> 10.5102/uri.v12i1.2861
Author(s) -
Marília Lima Pimentel,
Geraldo Castro Cotinguiba
Publication year - 2014
Publication title -
universitas. relações internacionais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-0720
pISSN - 1807-2135
DOI - 10.5102/uri.v12i1.2861
Subject(s) - humanities , philosophy , context (archaeology) , political science , history , archaeology
Este artigo tem como objetivo discutir alguns aspectos da recente migração haitiana para o Brasil e seus desdobramentos. A intenção é, a partir da apresentação de parte da pesquisa de campo que realizamos de 2011 até o presente momento, refletir sobre as respostas dadas pelo Estado brasileiro em relação aos haitianos, bem como mostrar a imagem ambivalente que a mídia está construindo dos imigrantes e do poder público. Nossa proposição não é cabal, ao contrário, tem o intuito de levantar algumas hipóteses, de problematizar a imigração haitiana que se assiste desde 2010 no Brasil. Para tanto, apoiamo-nos em textos clássicos da antropologia, dentre os quais destacamos os estudos de Malinowski (1978) e outros mais recentes. Para a questão da migração nos valemos, sobretudo dos estudos de Abdelmalek Sayad, por enxergar o fenômeno migratório em sua totalidade. Já para lançarmos um olhar sobre o discurso midiático e suas nuanças, pinçamos alguns conceitos de Michel Foucault e Zigmunt Bauman