
O auto-conhecimento no behaviorismo radical de Skinner, na filosofia de Gilbert Ryle e suas diferenças com a filosofia tradicional apoiada no senso comum
Author(s) -
João Vicente de Sousa Marçal
Publication year - 2008
Publication title -
universitas. ciências da saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1981-9730
pISSN - 1678-5398
DOI - 10.5102/ucs.v2i1.526
Subject(s) - philosophy , humanities
O conhecimento é apresentado em diversas concepções. Nas tradições filosóficas e no senso comum o conhecimento é entendido como gerador de açõese explica o comportamento resultante. É classificado em declarativo ou “saber que” e operacional ou “saber como”. Nesta visão o conhecimento é algo que existe dentro do sujeito e para se conhecer é necessário conhecer sua essência ou sua mente. No behaviorismo radical conhecer é comportar-se discriminadamente perante estímulos. O conhecer sobre si, em distinção ao conhecer sobre o mundo, corresponde a uma discriminação de estímulos gerados pelo próprio indivíduo que se auto-conhece. Estes estímulos podem ser privados ou públicos. Tanto osrepertórios verbais auto-descritivos como a auto observação, elementos indispensáveis para o auto conhecimento, são instalados a partir de contingênciasprovidas pela comunidade verbal, o que significa que são comportamentos de origem largamente social. Esta posição de que analisar o conhecimento significa identificar as situações em que ele ocorre e quais as variáveis que o controlam,assemelha-se a do filósofo Gilbert Ryle que associa conhecimento a comportamento.Os limites de uma análise behaviorista radical da privacidade são tambémapresentados e discutidos