z-logo
open-access-imgOpen Access
TEMPO DE PERMANÊNCIA NO SETOR DE EMERGÊNCIA, NO AGUARDO DE LEITO DE UTI, IMPACTA NA MORBI-MORTALIDADE DE PACIENTES CRÍTICOS COM SEPSE?
Author(s) -
Igor Santolini Mota,
Frederico Caetano de Moura,
José Roberto de Deus Macêdo
Publication year - 2018
Publication title -
programa de iniciação científica - pic/uniceub
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2595-4563
DOI - 10.5102/pic.n2.2016.5608
Subject(s) - medicine , gynecology
A sepse constitui-se na principal causa de morte nas UTIs não-coronarianas no Brasil e no mundo. O acúmulo de evidências reforça o impacto do diagnóstico e intervenções precoces no desfecho dessa síndrome. Os pacientes com sepse, nos quais os escores de gravidade foram reduzidos ainda durante a internação no setor de emergência, tiveram uma letalidade hospitalar significativamente menor. Demonstrou-se benefício na sobrevida com o uso precoce do suporte hemodinâmico guiado pela saturação venosa central de O2 e depuração precoce do lactato sérico. Estes resultados enfatizam a importância de intervenções precoces, ainda no setor de emergência. No entanto, lamentavelmente, muitos pacientes que têm o diagnóstico de sepse nas emergências, têm o tratamento iniciado somente após a admissão na UTI. A superlotação das emergências e o déficit relativo de leitos de terapia intensiva resultam na perca de horas muito preciosas para a recuperação dos pacientes. Raras são as publicações que avaliaram o impacto do tempo de permanência no setor de emergência à espera de um leito de UTI, no desfecho dos pacientes. O objetivo do nosso estudo foi avaliar a associação do tempo de espera nas emergências por leito de UTI (Tesp) no desfecho de pacientes sépticos.Realizamos um estudo retrospectivo analítico transversal, com a população de pacientes atendidos nas emergências da Rede Pública do DF em 2016, regulados para leitos de UTI. Excluímos pacientes vítimas de trauma, cirúrgicos e menores de 18 anos de idade. Selecionamos 417 pacientes clínicos, com diagnóstico de sepse nas primeiras 48h de internação, regulados e internados em UTI, 57,4% masculinos, com idade média de 56,81 ±16,60 anos, e escore Apache II médio 16,35 ±11,25. A média de Tesp foi de 3,94 ±5,42 dias; de tempo de internação em UTI, 15,41 ±21,72 dias; e de tempo de internação hospitalar, 27,72 ±41,56 dias. A mortalidade na UTI foi de 165 (39,37%), e intra-hospitalar de 185 (44,15%) pacientes. A partir das análises estatísticas, categorizado o Tesp, verificamos que os pacientes internados em UTI com >48h de permanência na emergênciaapresentaram maiores tempo de internação em UTI (11,87 ±15,38 vs 19,26 ±26.47 dias, p 48h apresentaram maior risco de óbito na UTI [OR=1,52 (IC 95% 1,02-2,27), p=0,040] e intrahospitalar [OR=1,80 (IC 95% 1,21-2,67), p=0,004].Nosso estudo aponta que retardo >48h no acesso a leitos de UTI, a pacientes clínicos com sepse internados nas emergências, impacta de forma desfavorável, significante e expressiva na morbi-mortalidade. Estudos prospectivos devem ser realizados para melhor análise dessas observações

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here