
O"ANGELL" DE RUI: RECEPÇÃO E ADAPTAÇÃO DE NORMAN ANGELL NO PENSAMENTO DE RUI BARBOSA SOBRE POLÍTICA INTERNACIONAL
Author(s) -
Talita Rivana Campos Cavalcante,
Raphael Spode
Publication year - 2018
Publication title -
programa de iniciação científica - pic/uniceub
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2595-4563
DOI - 10.5102/pic.n2.2016.5560
Subject(s) - philosophy , humanities , art
Nos últimos anos, alguns estudiosos têm assumido a relevância da releitura dopensamento de nacionais, e os precursores desse movimento admitem a dimensão destetipo de investigação no terreno da produção do conhecimento em RelaçõesInternacionais. A investigação da recepção e adaptação de Norman Angell nopensamento de Rui Barbosa se insere, portanto, neste movimento que tem como vistasoferecer para aqueles que atuam na área um conhecimento maior dos fundamentos quebalizam o pensamento brasileiro sobre política internacional. No limiar destainvestigação faz-se inevitável ainda rever pensadores políticos brasileiros em atividade eenvolvimento em questões internacionais de extrema relevância para o Brasil noperíodo da primeira república, destacando-se entre os luminares, Rio Branco e JoaquimNabuco, sem olvidar o próprio Rui Barbosa, que passava por uma fase de extraordinárianotoriedade por seus feitos tanto em âmbito nacional quanto internacional. Nesseaspecto, este estudo investiga o caráter do indivíduo Rui Barbosa apartado dasvenerações a que lhe são atribuídas, voltando-se genuinamente a moral e aespiritualidade muito presentes em seus discursos e ações políticas. É nesse contextoque Rui Barbosa manifesta-se sobre a paz e a guerra, a justiça e as liberdadesindividuais. Ao tratar da Grande Guerra em andamento no Velho Mundo, Rui fala comdesilusão e em tom de fracasso. Volta-se à moral cristã e refuta que o evangelho estásendo, àquela circunstância, substituído pela religião da pólvora. Traz à tona a faláciadas previsões da Conferência de Paz, em Haia, à ocasião em que se defendia a justiça ea virtude do Direito, harmonia das leis históricas, o equilíbrio entre as nações. Elucidaque são as ideias as causas essenciais da guerra. A guerra, e mesmo a paz, portanto, sãoproduto de como se faz uso das ideias, seja no campo da justiça ou falsidade. Eis ocontraponto: enquanto Norman Angell trata da guerra sob a ótica da ilusão, Rui Barbosasustenta a ideia de desilusão. Não apenas no tocante a citação que Rui Barbosa faz aNorman Angell, esta investigação admite que há um impacto sensível das obras deAngell na retórica de Rui Barbosa