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Coronavírus nas periferias do jornal nacional uma análise sobre as notícias do principal telejornal brasileiro como alterar a percepção sobre o trabalho? o papel das competências políticas no comportamento de servidores públicos federais
Author(s) -
Mariana Fraga Duarte,
Luíz Cláudio Ferreira
Publication year - 2022
Publication title -
programa de iniciação científica - pic/uniceub
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2595-4563
DOI - 10.5102/pic.n0.2020.8190
Subject(s) - political science , humanities , philosophy
O objetivo desta pesquisa foi investigar de que forma o Jornal Nacional, da TV Globo, tratou das realidades das comunidades periféricas brasileiras na cobertura jornalística da pandemia do coronavírus em 2020 e, ainda, se realiza prestação de serviço para o que chamaremos de público não-privilegiado nesse contexto. Essa dúvida pode ser considerada um problema de pesquisa e reflete quais são as opções narrativas diante da complexidade desse tema. Para chegar ao objetivo principal desta pesquisa, foram utilizadas estratégias metodológicas de análise documental e de conteúdo de forma a realizar observações sistemáticas sobre 28 reportagens, que foram ao ar em 314 edições do telejornal, selecionadas como amostra para o levantamento. Dentro deste viés, os materiais foram categorizados em cinco tipologias (culpabilização do vulnerável, dramáticas, educativas, políticas e de solidariedade externa) criadas para organização da pesquisa. A partir das reportagens observadas, em primeiro lugar, devemos destacar que as periferias não fizeram parte da priorização do Jornal Nacional. Nas 28 reportagens analisadas, a categoria dramática, em que se prioriza as histórias de famílias afetadas pela pandemia ou vítimas da doença, foi a mais utilizada. Apesar de dar espaço para as questões e dramas diante das desigualdades sociais, faltam nos materiais busca das causas e das soluções para os problemas. Após um ano de estudo, é possível ainda identificar que existem diferentes momentos das coberturas que variaram de espanto para os problemas a exemplos de falta de recursos. Fome, exclusão digital, educação e desemprego são temas recorrentes. Durante os meses difíceis da pandemia, como abril e março, há matérias que chegam a culpabilizar as vítimas e também com o teor educativo, com objetivo de alertar os sintomas da doença e a importância da higienização das mãos. Outras, porém, mantêm espírito elitista ao comparar bairros nobres com os das periferias e afirmar que os tipos de moradias das comunidades pobres contribuem para o aumento da contaminação. A partir de julho, as reportagens de solidariedade tomam conta.

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