Aplicação de Zeólitas na Purificação de Biogás: Desafios e Possibilidades

A crescente produção de resíduos sólidos urbanos (RSU) representa um sério problema ambiental. A matéria orgânica, presente nos RSU, sofre digestão anaeróbia, nos aterros sanitários, produzindo uma mistura gasosa: o biogás de aterro. Estima-se que cerca de 45% a 55% do biogás de aterros sanitários é formado por metano (CH4). O dióxido de carbono (CO2), como produto da digestão anaeróbia, necessita ser removido para elevação do poder calorífico do biogás extraído. Cerca de 35% do biogás de aterro é formado CO2 e a remoção deste pode ser realizada por meio da técnica de adsorção. A vantagem da adsorção frente a outras técnicas se dá pelo baixo custo operacional, a elevada eficiência de separação e facilidade acerca de seu manuseio. Para o emprego da adsorção como mecanismo de purificação de biogás de aterro sanitário, fez-se o uso de zeólitas. Um desafio no que tange ao emprego de zeólitas é a possibilidade de utilização em largas escalas. Para oportunizar circunstâncias futuras, adotou-se zeólita 4A – tendo sido previamente caracterizada por meio de MEV (Microscopia Eletrônica de Varredura) e DRX (Difração de Raios-X) – para purificação de biogás presente no Aterro Sanitário Metropolitano Oeste de Caucaia (ASMOC). A zeólita 4A mostrou-se seletiva para CH4 em relação a CO2. As remoções de CO2 foram aumentadas quando se elevou a massa de zeólita 4A no mecanismo de purificação.