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O SIGNIFICADO PALEOGEOGRÁFICO DAS TURFEIRAS COSTEIRAS DO RIO GRANDE DO SUL
Author(s) -
Leonardo Gonçalves de Lima,
Sérgio Rebello Dillenburg,
Francisco Sekiguchi Buchmann,
Cláudia Klose Parise
Publication year - 2020
Publication title -
geociências
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.226
H-Index - 18
eISSN - 1980-900X
pISSN - 0101-9082
DOI - 10.5016/geociencias.v39i2.14402
Subject(s) - humanities , geography , physics , art
Na Planície Costeira do Rio Grande do Sul (PCRGS) depósitos de turfas afloram ao longo do litoral indicando os setores onde as barreiras costeiras exibem uma natureza transgressiva. Ao longo das últimas décadas várias causas foram apontadas para explicar o processo erosivo nestes setores, todas associadas a fenômenos naturais. Estas turfas aflorantes são tidas como elemento chave no entendimento da evolução costeira de longo termo deste litoral. O processamento químico das amostras foi realizado a frio com HCl (5%) e KOH (5%) e separação entre partículas orgânicas e inorgânicas com solução aquosa de ZnCl2. Este estudo se baseou em amostras de turfas obtidas de sondagens geológicas, afloramentos e perfilagens com Georradar nas praias de Itapeva e Hermenegildo. Os resultados indicam que o estrato basal que recobre os sedimentos pleistocênicos é formado por turfas, sinalizando cronologicamente o início da sedimentação holocênica na PCRGS em torno de 10.000 anos AP, quando ainda prevaleciam condições essencialmente lacustres, nas posições que viriam a se desenvolver os sistemas de barreiras costeiras holocênicas. Uma vez instaladas, estas barreiras criaram condições para o desenvolvimento de uma segunda geração de ambientes paludiais, desta vez, vinculados à redução das profundidades dos sistemas lagunares em processo de colmatação, por volta de 710 anos AP. Este estudo fornece evidências de que a linha de costa atual da PCRGS encontra-se num processo contínuo de reorientação, conduzido por um déficit sedimentar nos setores costeiros onde as barreiras retrogradantes migram para o continente e no sentido N-NO, expondo depósitos turfáceos sistematicamente ao longo do litoral.

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