
AS ROCHAS VULCÂNICAS DA ILHA SÃO JORGE, AÇORES (PORTUGAL): PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA
Author(s) -
Karoline Ferreira da Silva Mecenas,
Alice Beatriz Mombach Pinheiro Machado,
Alan Dantas Cardoso,
Luiz Henrique Passos,
Cristine Lenz
Publication year - 2020
Publication title -
geociências
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.226
H-Index - 18
eISSN - 1980-900X
pISSN - 0101-9082
DOI - 10.5016/geociencias.v38i4.14004
Subject(s) - geology , geochemistry , humanities , magma , volcano , art
A Ilha São Jorge faz parte do Grupo Central do Arquipélago dos Açores (Portugal), situado próximo à junção tríplice, entre as placas litosféricas Norte-Americana, Euro-Asiática e Africana, na região do Atlântico Norte. A vulcanoestratigrafia da ilha é composta por três complexos vulcânicos denominados Topo, Rosais e Manadas. Segundo a bibliografia, a idade da Ilha São Jorge é 1,3 ± 0,0035 Ma (40Ar/39Ar). Com base na petrografia, as rochas apresentam granulometria média a fina, texturas porfirítica, microporfirítica, glomeroporfirítica, intergranular, pilotaxítica, traquítica e intersertal. De acordo com dados geoquímicos, as rochas forma classificadas como basanitos, basaltos alcalinos e hawaítos, compostos por olivina, augita, plagioclásio e minerais opacos, que ocorrem como fenocristais ou inseridos na matriz. Algumas amostras de basalto alcalino e hawaíto apresentam kaersutita, interpretada como xenocristal. Texturas de reabsorção, embainhamento, zonação e bordas de reação são feições comuns em fenocristais e indicam que o magma sofreu descompressão rápida, com variação brusca de temperatura e pressão. A interpretação geoquímica permitiu concluir que as lavas apresentam afinidade alcalina sódica e foram geradas por baixas taxas de fusão parcial, a partir de um magma mantélico enriquecido. Os dados geoquímicos são compatíveis com os de magmas gerados em ambiente geotectônico do tipo intraplaca oceânico (OIB).